A porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Harris, afirmou nesta sexta-feira (23) que a entidade escolhe as vacinas que apoia com base em critérios científicos, e não pela nacionalidade da empresa que as desenvolvem. A declaração foi dada após Margaret ser questionada sobre a decisão de Jair Bolsonaro de não comprar vacinas chinesas.
Nesta terça-feira (20), o Ministério da Saúde anunciou um protocolo de intenção de compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
Na quarta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que ordenou o cancelamento do acordo e que “estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós”.
Politização da vacina
Em entrevista, a vice-diretora-geral da OMS, Mariângela Simão, disse que das 10 vacinas em estados avançados de pesquisa, 4 são chinesas, uma é russa e cinco outras são de multinacionais.
“O Brasil tem condições de avaliar, por meio da Anvisa, porque uma vacina não pode entrar no mercado antes de terminar a fase 3”, disse ela.
Segundo a vice-diretora-geral da OMS, há politização em torno do tratamento da Covid-19, mas o importante é que a autoridade sanitária (no caso brasileiro, a Anvisa), esteja atenta.
Fonte: G1