Deslizamento de terra no Morro da Babilônia, no Leme, no Rio de Janeiro (RJ), deixa dois mortos na madrugada desta terça-feira (9). A tempestade que caiu no Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (8) deixou três mortos: um homem na Gávea e duas irmãs no Leme. A terça-feira (9) começou com mais chuva — Foto: Jose Lucena/Futura Press/ Estadão Conteúdo
Deslizamento de terra no Morro da Babilônia, no Leme, no Rio de Janeiro (RJ), deixa dois mortos na madrugada desta terça-feira (9). A tempestade que caiu no Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (8) deixou três mortos: um homem na Gávea e duas irmãs no Leme. A terça-feira (9) começou com mais chuva — Foto: Jose Lucena/Futura Press/ Estadão Conteúdo

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, anunciou na manhã desta terça-feira (9) que a prefeitura vai rever o índice mínimo pluviométrico para o acionamento de sirenes em comunidades do Rio. O alerta não tocou no Morro da Babilônia, onde duas pessoas morreram na noite desta segunda (8).

Segundo Crivella, as sirenes não funcionaram na Babilônia porque choveu 39 milímetros em uma hora – abaixo do índice em que elas são disparadas, 45 milímetros. Os alertas soaram em 15 comunidades desde o início das chuvas de segunda, entre elas o Dona Marta, em Botafogo, e a Rocinha.

“Sem dúvida esse incidente na Babilônia vai nos fazer rever essa situação. Lamento profundamente que a Defesa Civil não tenha tido a oportunidade de ir lá, são muitas casas no Rio que são construídas em áreas inapropriadas”, disse o prefeito.

O prefeito disse que os órgãos da prefeitura não foram prudentes com relação aos protocolos para diminuir impacto das chuvas em áreas com grande precipitação em curto espaço de tempo:

“Realmente ontem nós nos cobramos muito pela falta de pessoal na Zona Sul do Rio de Janeiro. Estávamos esperando chegar reboque, turma da Comlurb, da Rio Águas. Resolvemos mudar esse protocolo. Nas próximas chuvas em que tivermos previsão de grande precipitação em curto espaço de tempo, sobretudo na costa, no litoral, nós já teremos que ter esses equipamentos previamente nos locais. Já era uma coisa que tínhamos visto anteriormente. Infelizmente não fomos prudentes para fazer agora. Teremos que ter reboques, pessoal da conservação e da Comlurb esperando previamente nesses locais”, explicou o prefeito.

“Vamos estudar, nesses lugares críticos, diminuir ainda mais o índice pluviométrico, para tentar remediar problemas”, acrescentou.

A filha de uma vítimas do deslizamento disse que as famílias da área são tratadas com descaso.

“O que mais me deixa revoltada é de ter acontecido isso, sendo que poderia ter sido evitado”, disse Ingrid Araújo, filha de Gerlaine do Nascimento, de 53 anos.

Resumo do temporal

  • 1 morte na Gávea; 2 mortes no Morro da Babilônia, no Leme
  • 1 desaparecido no Leme
  • 39 sirenes acionadas em 20 comunidades
  • Rio entrou em estágio de crise às 20h55 de segunda
  • Barra/Barrinha foi onde mais choveu
  • Mais um trecho da Ciclovia Tim Maia desabou, e Av. Niemeyer foi interditada
  • Bombeiros usaram barcos para resgatar crianças no Jd. Botânico
  • Aulas suspensas na rede municipal nesta terça

Galerias pluviométricas

O prefeito também anunciou que pretende negociar com o Jockey Club o espaço para a construção de galerias pluviométricas na região do Jardim Botânico.

Durante a entrevista, o prefeito reconheceu ainda que faltou equipes na Zona Sul na hora mais crítica das inundações e disse que vai mudar o protocolo para deslocar caminhões pra retirar água e outros equipamentos. Ele disse que isso já tinha sido identificado, mas não foram eficientes pra colocar em prática.

Crivella também se queixou de falta de recursos e da falta de retorno pelo pacto federativo para viabilizar projetos que amenizassem os problemas causados pela chuva.

 

Fonte: G1

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