CURIOSIDADES –
Dizem que curiosidade, especialmente se exagerada, é falta de educação. Concordo, mas, convenhamos, é uma das coisas da vida que não podemos dispensar. Sem dúvida, traz em si o germe, o espírito, do conhecimento. Ajuda, e muito, na sua educação, inclusive mostrando momentos em que o seu limite não deve ser extrapolado.
Ultimamente, venho exercitando essa minha curiosidade ao acompanhar o meu processo de envelhecimento. Afinal, alguma coisa de útil você deve retirar desse processo, único talvez irreversível.
O que me incomoda mais? Chama mais a atenção? Depois de muito pensar e observar, cheguei a uma conclusão, reduzindo inúmeras alternativas, que o que mais chamava a minha atenção era o problema da artrite, ou artrose, já que até hoje confundo as duas. Os incômodos, até onde sei, são iguais.
Diga-se, você sente dores em tudo que é articulação. Vêm surgindo devagar, e você vai se habituando com elas. Mas, vão aumentando e todo dia tem uma novidade. Doem os pés, doem as mãos; doem as pernas, doem os braços. Doe a lombar, doem os joelhos. Doe o pescoço, doem as costas. Torna-se esse um verbo que você declina todo dia. Pior, não há remédio que lhe alivie. Mas, como você sente isso todo dia e o tempo todo, você vai se acostumando e, quando toma seus afazeres do dia, termina esquecendo.
Uma coisa que faço, e parece me tem ajudado, são exercícios físicos, confesso, com muita preguiça. Gosto de caminhar, mas também faço alongamentos. Tenho um treinador, três vezes por semana, que ajuda. Duas vezes por dia, ao acordar e antes de deitar, mexo com o pescoço, massageio os dedos, os pés, mas nada disso, honestamente, adianta. Salva a sensação de que você está resistindo. E está vivíssimo. Graças à Deus.
Dalton Mello de Andrade –