Formandas do Reprograma em 2019: projeto dá aulas para mulheres de baixa renda — Foto: Josiane Santiago/Arquivo pessoal
Formandas do Reprograma em 2019: projeto dá aulas para mulheres de baixa renda — Foto: Josiane Santiago/Arquivo pessoal

O mercado de trabalho para desenvolvedores não para de crescer. Interessados em investir nessa carreira e que não têm meios de pagar por um curso, pode se candidatar tanto para uma bolsa gratuita.

Entre as opções, há algumas voltadas para mulheres e outras para pessoas negras, com o objetivo de promover a diversidade na TI.

Também é válido buscar informações em órgãos como as secretarias de educação de prefeituras e governos estaduais sobre bolsas e programas de capacitação.

Plataformas e projetos gratuitos

 

+1 Code

O projeto tem como objetivo transformar jovens de periferia em programadores por meio de cursos gratuitos. Os interessados podem fazer um cadastro e passam por uma entrevista. As aulas são semanais e promete um professor exclusivo por aluno. Os treinamentos duram seis meses.

Site: https://mais1code.com.br/

Coursera

O Coursera conta com uma série de cursos gratuitos preparados por universidades e empresas. Há cursos tanto instituições como USP, Unicamp e ITA quanto de empresas como Cisco, Intel e Microsoft, entre várias outras.

As aulas são gravadas e, via de regra, os conteúdos são legendados. Além de materiais para assistir e ler, os alunos precisam realizar testes ao final de cada lição.

Cursos: para quem se interessa por programação, a plataforma oferece conteúdo de Python, Java, PHP, lógica de programação e desenvolvimento de apps para celulares, por exemplo. Há ainda conteúdo focado em certificações para gerenciamento de dados, segurança da informação, gestão de infraestrutura em nuvem e outras áreas aquecidas da TI.

Site: https://www.coursera.org/

Generation Brasil

Generation é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2014 pela consultoria McKinsey que oferece cursos gratuitos de curta duração (até 3 meses) para pessoas entre 18 e 30 anos que não estejam empregadas. Há turmas abertas para desenvolvimento web, mobile e na plataforma .NET.

Site: https://brazil.generation.org/

Khan Academy

Assim como o Coursera, o site oferece vários cursos em diferentes níveis sobre linguagens como HTML, CSS, SQL e JavaScript. Há ainda cursos com noções básicas de lógica e conteúdo de matemática, português, ciências e história, para quem precisa reforçar os conhecimentos do ensino fundamental e médio.

Site: https://pt.khanacademy.org

Programadores do Amanhã

O projeto pretende capacitar jovens negros para atuarem no mercado de tecnologia. Os cursos são totalmente online e ensinam como desenvolver sites e programas. Os estudantes ainda recebem aulas de inglês e de metodologias ágeis. Cada jovem possui um mentor, responsável por acompanhar o aprendizado e ajudar com a inserção no mercado. Estudantes de qualquer escola pública do Brasil podem se candidatar para as 50 vagas do curso.

Site: https://programadoresdoamanha.org/

Reprograma

Iniciativa voltada para mulheres que não têm recursos ou oportunidades para aprender a programar, a Reprograma oferece um curso online, livre e gratuito de tecnologia para meninas de 14 a 18 anos. As interessadas passam por um mês de oficinas e 400 são selecionadas para o curso sobre tecnologia, que envolve desde conhecimentos de desenvolvimento de produtos digitais até aulas de marketing.

Site: https://www.reprograma.com.br/

Santander Becas

O programa de bolsas do Santander oferece oportunidades de formar talentos em desenvolvimento de software, que podem ser contratados pelo próprio banco. Uma das ofertas disponíveis é o Santander Bootcamp 2022: programa online gratuito para quem deseja aprender programação para web ou mobile. São 50.000 bolsas para todo o Brasil.

Site: https://www.becas-santander.com/pt_br/index.html

Soul Bilíngue

A ONG Soul Bilíngue oferece bolsas de estudo internacional, imersão na língua inglesa, mentorias e acolhimento emocional para jovens de baixa renda. Em um formato gamificado, os selecionados para o programa ficam imersos durante seis meses em atividades diversas envolvendo o inglês com aulas semanais e mentorias com estrangeiros e brasileiros proficientes no idioma. Os alunos mais comprometidos e assíduos ganham bolsas de estudo de inglês no exterior.

Site: https://www.soulbilingue.com/

Cursos pagos

Alura

A plataforma de aulas online oferece 1.200 cursos divididos pelas principais carreiras em tecnologia. Cada curso requer um projeto final de formação e dá direito a um certificado e o estudante pode completá-lo no próprio ritmo. As aulas são gravadas em vídeo e o aluno pode tirar dúvidas em um fórum.

Cursos: programação, front-end, ciência de dados, devops (infraestrutura de redes, computação em nuvem, internet das coisas), design, desenvolvimento mobile e gestão.

Preço: por R$ 1.020 à vista ou em 12 vezes de R$ 85 no pacote Premium. Há uma versão Pro, que custa R$ 1.440 à vista ou pode ser parcelada em 12 vezes de R$ 120 e inclui aulas de inglês.

Site: https://www.alura.com.br/

Awari

 

A escola tem cursos com aulas online e uma plataforma de acompanhamento individual dos alunos. No pacote de assinatura anual, os estudantes têm direito a agendar mentorias com profissionais de empresas como Itaú, Loft, Nubank, Vivo, Magazine Luiza, dentre outros. Por conta do formato ao vivo, as aulas têm horários fixos.

Cursos: design, ciência de dados, programação e gestão de produtos.

Preço: assinatura anual custa R$ 3.200 e pode ser parcelada em 12 vezes de R$ 267. Ela dá acesso aos cursos de forma ilimitada.

Site: https://awari.com.br/

Digital House

A escola oferece aulas ao vivo, com 2 professores (um generalista e um assistente) e cada turma tem até 50 pessoas. Para conseguir o certificado, os alunos precisam realizar atividades práticas e entregar um projeto ao final do curso, além de manter 90% de presença.

Um departamento de carreiras faz a ponte entre os estudantes e vagas no mercado de trabalho. A escola diz que tem 97%

Cursos: ciência de dados, análise de dados, experiência do usuário (UX), desenvolvimento web, marketing digital.

Preço: o valor varia de acordo com o horário das aulas e duração do curso. Um curso de desenvolvimento para a web, de cinco meses, por exemplo, custa a partir de R$ 8.768 (para o horário da manhã) e pode ser parcelado em até 12 vezes. A escola também oferece bolsas e opções de financiamento estudantil para pagamento de cursos em até 36 vezes.

Site: https://www.digitalhouse.com/

Eu Programo (PrograMaria)

O curso online da startup PrograMaria tem como objetivo guiar mulheres durante os primeiros passos no mundo da programação. Dividido em seis módulos, tem duração de 4 semanas. Os conteúdos abordados são as linguagens HTML, CSS e JavaScript, além de Lógica de Programação.

Curso: introdução à programação (desenvolvedor web).

Preço: a partir de R$ 74,20. Com o valor mínimo é possível acessar o curso completo durante o período de quatro semanas a partir do início da turma. Há ainda duas faixas de preço: R$ 104,90, no pacote “Ideal”, e R$ 149,90, no pacote “Ajude outra mulher”. Em ambos, o valor excedente é direcionado para uma bolsa para quem não tem condições de pagar por ele.

Site: https://www.programaria.org/curso-online-euprogramo/

Sirius

 

A edtech oferece um estilo de curso que promete acelerar a carreira de seus alunos. Com formato intensivo e duração de 6 meses, as aulas são online e focam na prática. A ideia é que o aluno possa construir um portfólio de projetos para facilitar sua entrada no mercado.

Cursos: desenvolvimento web e ciência de dados.

Preço: R$ 22.000 à vista. O valor pode ser parcelados em até 24 vezes com juros. A escola oferece bolsas de até 100% para estudantes e, no caso de alunos de baixa renda, há a chance de aplicar para recebimento de um auxílio financeiro.

Site: https://www.sirius.education/

Como decidir?

 

O presidente da Associação Brasileira de Startups e fundador da edtech Sirius, Felipe Matos, indica uma lista de temas e perguntas que ajudam no processo de decisão por uma escola online.

Conteúdo dos cursos: em geral, as escolas publicam uma lista de tópicos que são abordados durante as aulas. Verifique se os temas estão alinhados com o que você precisa saber para entrar no mercado. Por exemplo, esses conhecimentos são cobrados em entrevistas e testes para as vagas desejadas?

Formato: antes de investir, fique atento se o curso é apenas playlist de vídeos e textos, se eles oferecem experiências de aprendizado no seu próprio tempo ou têm aulas ao vivo. E fique atento para identificar se o curso possui apenas teoria ou reserva tempo para projetos e exercícios práticos?

Comunidade: o curso promove algum tipo de troca e interação com os outros alunos, seja por meio de um fórum ou grupo em aplicativo ou rede social? A escola promove algum evento ou oferece a possibilidade de mentoria com profissionais do mercado?

Parcerias e empregos: a escola oferece parcerias com empresas para desenvolvimento de conteúdo ou ações de relacionamento? Existe algum tipo de apoio para o aluno conseguir emprego?

“Uma boa dica é sempre falar com outras pessoas que passaram pelo curso para entender mais sobre ele e se é para você”, comenta Matos.

Qual linguagem escolher?

 

A resposta é depende do seu objetivo. Existem mais de 700 linguagens de programação, o que pode confundir a cabeça de quem se interessa pela área. Para quem tem interesse por escrever códigos de computação, a dica é focar no básico.

Ou seja, entenda como funciona a lógica de programação, como criar funções e variáveis que são as instruções que o programador dá para o computador realizar.

Em seguida, pesquise qual a linguagem mais usada na área desejada. Por exemplo, os interessados em ciência de dados precisam de conhecimentos em linguagens como Python, Linguagem R, SAS e Java. Já um desenvolvedor front-end vai se focar mais em HTML e CSS.

Segundo o Github, que é uma espécie de rede social para programadores, as linguagens mais populares entre os programadores brasileiros em 2021 foram:

  1. Javascript;
  2. Sass CSS;
  3. Blade;
  4. Linguagem de configuração HashiCorp;
  5. Elixir;
  6. Typescript;
  7. Kotlin;
  8. Go;
  9. Lua;
  10. Python.

Fonte: G1

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