DA ORDEM A DESORDEM –

Acordo cedo e como tenho compromisso social/esportivo no fim da tarde, acelero passos para antes do evento da entrega da taça Casa do Bem ao ABC, poder curtir o Jovem Karl Marx num cineminha com pipoca com a amada esposa Deinha, enquanto Mel usufrui companhia de amiguinha, e Gabriel estuda para as provas da UnP e do NPOR.

Nesse chegar para logo voltar, em Ponta Negra, sou atraído a um papo ocasional com um professor aposentado, no tradicional mergulho ao pé do afamado Morro do Careca.

Chamado de Cruz, o professor doido por um papo, entabulou animada conversação e fui na onda passando pelo prazer de caminhar, de ali mergulhar, até chegar a sala de aula, onde o mestre em língua portuguesa, conviveu por 40 anos, com jovens de escolas municipais, estaduais e privadas.

Podia aqui relatar vários aspectos revelados, mas o poder de síntese de Cruz finalizou o agradável encontro dizendo: “no começo para reunir os alunos bastava um pedido simples e formal, e rapidamente todos estavam prontos para a aula. No fim de minha trajetória solicitava a alguns que guardassem as armas, e a outros que desligassem os celulares. Uma aula normal, praticamente impossível atualmente em algumas escolas.”

Chegou a hora do tchau, coloquei o tênis, Milton Nascimento para ouvir e ele cantou, “… por que vocês não sabem do lixo ocidental…” Todo dia é dia de viver e refletindo sobre o que ouvi, pensei, para onde estamos indo? Onde vamos parar?

Diante de tantas ocorrências e mudanças perigosas, ainda tenho certa esperança, e ela vem do alto. Aí sai de Milton e programei Gil, Extra, e mais animado cantarolei, “…baixa santo Salvador, baixa, seja como for…”
Avante, sigamos, ainda resta uma ilusão.

 

Flavio Rezende Jornalista 
As opiniões emitidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *