DÁDIVA DE DUNAS –

Dunas,estávamos saudosos, um do outro, assim como os cachorros da vizinhança que me acolheram entre latidos,cheiros e afagos. Logo estávamos subindo tuas areias,revendo as árvores,depois de muitos dias ausentes.

Para minha surpresa, o juar já está maduro,logo cairá, cumprindo sua sina,além de alimentar as aves.

As árvores estão com um verde brilhante,consequência das chuvas que por aqui chegaram,trazendo fartura de sementes e frutos.

As aves estão numa alegria contagiante, demonstrada em voos constantes e casais que se formam para perpetuarem a espécie, posto ser época de fartura transmutada em sementes, frutos e mosquitos. Vida que se renova,natureza acontecendo, só precisa ter sensibilidade para ver e sentir,mesmo sendo cego. Aliás, os deficientes tem uma sensibilidade exacerbada e conseguem ver a vida,a natureza de uma forma lúdica, veem a beleza do simples e do belo, onde nós nada enxergamos.

Tenho que mudar minha maneira de viver, posto que depois que conheci essas dunas com sua fauna e flora, não conseguir ficar longe deles por muito tempo, pois a saudade bate e sou um exilado de mim, com razão de ser…

José Alberto Maciel Oliveira – Representante comercial aposentado
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