Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha e divulgada pelo jornal “Folha de S. Paulo” nesse domingo (19) mostra que 89% dos entrevistados avaliam que os políticos deveriam deixar para os médicos a avaliação sobre o uso da cloroquina.

A pesquisa mostra que 7% consideram melhor os políticos incentivarem o uso da cloroquina e 4% declararam não saber.

O levantamento foi feito na sexta-feira (17). Foram ouvidas 1.606 pessoas por telefone em todas as regiões do país. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Debate sobre medicamento

O uso da cloroquina por pacientes infectados com o novo coronavírus ainda está em fase de testes e de estudos. Não há resultados conclusivos para as pesquisas com o medicamento, usado principalmente contra a malária. Apesar de as evidências em alguns estudos indicarem que ela pode funcionar em certos casos, há alertas sobre o risco de complicações causadas pela toxicidade da droga.

O presidente Jair Bolsonaro defendeu o uso da cloroquina para tratar a Covid-19.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o uso da cloroquina combinado com o antibiótico azitromicina é uma das quatro combinações de medicamentos questão em fase de testes em 74 países e cujos resultados são monitorados pela organização.

Apesar disso, a organização informou ao Portal G1 que “até agora, nenhum produto farmacêutico se mostrou seguro e eficaz para tratar a Covid-19”.

Atualmente, o uso no Brasil é autorizado pelo Ministério da Saúde somente em pacientes em estado crítico e também naqueles em estado moderado já internados nos hospitais, desde que médico e paciente concordem com o uso.

Por isso, os médicos pedem que a população NÃO se automedique com esses ou outros remédios. As primeiras notícias sobre o medicamento levaram ao desabastecimento e fizeram a Anvisa colocar a droga na lista dos remédios controlados. Além da malária, a droga é usada contra reumatismo, inflamação nas articulações e lúpus.

No Brasil, em 25 de março, o Ministério da Saúde liberou o uso em tratamento de pacientes hospitalizados com quadros graves. A liberação veio acompanhada da ressalva de que havia “lacunas no conhecimento” sobre a droga. Em 3 de abril, o ministério ampliou a indicação de uso também para casos moderados, quando os pacientes passam por atendimento hospitalar.

Fonte: G1

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