A comissão especial da reforma da Previdência finalizou o segundo dia de debates e nem metade dos deputados inscritos se pronunciaram. Dos 155 da lista, 78 ainda não falaram, além dos seis que retiraram a assinatura.

O ritmo dos trabalhos caiu de 50 falas no primeiro dia, para 21 falas nesse segundo dia de debates, sem contar os líderes, que podem falar mesmo sem estarem inscritos.

A próxima reunião foi marcada para terça-feira (25) da semana que vem.

O presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos, do PL, destacou que pode iniciar a votação no mesmo dia que encerrar os debates.

Na última sessão, os parlamentares fizeram reivindicações ao relator, Samuel Moreira, do PSDB.

O deputado Fábio Henrique, do PDT de Sergipe, sugeriu uma regra de transição mais amena, com pedágios diferenciados.

Já o deputado do PT paulista, Arlindo Chinaglia, sugeriu a manutenção do tempo mínimo de contribuição para se aposentar.

O relator Samuel Moreira, que acompanha as discussões, admite que pode alterar o texto novamente antes da votação.

Moreira já fez uma série de modificações que reduziram a economia prevista com as mudanças pelos próximos 10 anos, chegando a R$ 913 bilhões.

Porém, o relator aumentou os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador que devem ser transferidos para Previdência e aumentou tributos sobre os bancos, o que reforçaria as receitas em R$ 217 bilhões.

Somando a economia e a nova receita, o valor da reforma chegaria a R$ 1,13 trilhão em 10 anos, próximo aos R$ 1,23 trilhão previstos inicialmente pelo ministério da Economia.

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselman, do PSL, opinou que, mesmo com as mudanças, a reforma continua forte.

A deputada Joice afirmou que o governo ainda pretende recolocar o regime de capitalização na reforma durante a votação no plenário ou mesmo depois da aprovação.

 

 

Fonte: Agência Brasil

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