“Uma sociedade de carneiros acaba gerando um governo de lobos” (Victor Hugo, 1802 a 1885)
Qual será o cenário que estará montado quando se consumar o final do século XXI?
Que ideologia estará dominando a mídia àquela altura da história da humanidade? Conseguirá o capitalismo consolidar um novo padrão de acumulação? Que novas formas de gerenciamento da economia internacional terão surgido?
A ambição, a ganância, o individualismo, a competição, a busca do lucro máximo, a destruição ambiental, a desigualdade social, o colonialismo, a dominação, o autoritarismo, e a violência ainda serão os nossos paradigmas?
Será que já teremos indícios de vida inteligente na terra?
Ou estará provado que o homo sapiens, definitivamente, não é um ser racional?
A impressão que temos hoje é a de que nossa sociedade se comporta como uma feiticeira que perdeu o controle sobre os seus poderes ocultos, perdeu o poder sobre suas fórmulas mágicas.
A imprevisibilidade caracteriza o nosso tempo.
Os únicos sinais visíveis apontam para uma concentração cada vez maior de riqueza e poder no planeta. Agrupam-se os poderosos.
Percebemos claramente que não há Liberdade no mundo. Um sentimento de passividade e desesperança parece que tomou conta de toda uma geração.
Neste contexto insípido, eu gostaria de ter a capacidade de colocar na ordem do dia novamente a história, o dinâmico e dialético modernismo do século XIX.
É preciso parar um pouco e olhar nossa história recente.
É preciso refrear o ritmo vertiginoso da vida atual, que nos obriga a saltar continuamente para frente, sem permitir deitar raízes, sem permitir o retomo as origens, sem permitir recuperar os poderes de renovação.
É preciso estabelecer novamente uma conexão com nossas raízes históricas e culturais. Somente elas poderão iluminar as forças contraditórias e as necessidades que nos inspiram e nos atormentam.
É preciso encontrar nossa identidade em meio à frenética dança impulsionada pela “high tech” que já nos ameaça com a informática, com a robótica, com a nanotecnologia, com a genética do amanhã, e do dia depois de amanhã; neuroticamente, já muito presentes em nosso dia-a-dia.
Como ser coerente diante de tanta incerteza e de tantas alternativas ainda tão pouco conhecidas em suas conseqüências?
Marx e Nietzsche e seus contemporâneos sentiram a modernidade num momento em que apenas uma pequena parte do mundo era verdadeiramente moderna.
Um século depois, quando o processo de modernização gerou uma teia da qual ninguém consegue escapar, a maioria de nós perdeu o controle sobre as contradições de nossas vidas cotidianas.
Tudo indica que chegamos a um ponto em que voltar atrás é, sem dúvida, uma maneira de seguir adiante.
Conhecer melhor os modernistas do século XIX talvez nos dê a visão e a coragem para entender os pós-modernistas do século XXI.
Este é o dilema deste Século e do Milênio.
Estamos, mais uma vez, diante da Esfinge: “Decifra-me ou te devoro“. Aquele que não decifrá-la será devorado.
Cá do meu canto, fico assuntando em como dar conta da extraordinária tarefa de escapar da Esfinge com coerência, sem perder a dignidade.
Rinaldo Barros é professor – rb@opiniaopolitica.com
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