O ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal afirmou, na manhã desta segunda-feira (21/3), que sua decisão de suspender a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil do governo Dilma Rousseff, devolvendo dessa forma as investigações contra o petista para o juiz de 1ª instância Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato, não deverá ser apreciada pela corte antes da Semana Santa, em razão do feriado da Páscoa. “Depois da Semana Santa é que essa questão será tratada pelo Supremo”, disse o ministro, numa referência ao habeas corpus impetrado no domingo, 20, pelos advogados de Lula, para derrubar a decisão de Mendes. A defesa do ex-presidente alega que a decisão de Mendes é nula, pois caberia ao Ministro Teori Zavascki, como relator prevento (competente), examinar a decisão do juiz Moro de remeter os processos ao STF. Além disso, os advogados argumentam que Gilmar Mendes já havia se manifestado sobre o assunto fora dos autos, com prejulgamento da causa.