O presidente dos EUA, Donald Trump, durante discurso no American Farm Bureau Federation's Annual Convention and Trade Show, em Austin, Texas, no domingo (19) — Foto: Reuters/Kevin Lamarque
O presidente dos EUA, Donald Trump, durante discurso no American Farm Bureau Federation’s Annual Convention and Trade Show, em Austin, Texas, no domingo (19) — Foto: Reuters/Kevin Lamarque

A defesa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entregou ao Senado nessa segunda-feira (20) os argumentos contra o impeachment. No documento, os advogados chamaram as acusações contra o republicano de “afronta à Constituição”.

As primeiras sessões do julgamento no Senado, casa em que os republicanos têm maioria, devem começar nesta semana. Os senadores votarão se retiram Trump do cargo com base em duas acusações aprovadas pela Câmara:

  • Abuso de poder ao pedir investigação ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, contra a família de Joe Biden. Deputados consideraram a ação uma “interferência de um governo estrangeiro” em favor da reeleição de Trump em 2020;
  • Obstrução ao Congresso por impedir diversas pessoas ligadas à sua administração de prestar depoimento (inclusive algumas que tinham sido intimadas) e por se recusar a entregar documentos aos investigadores durante o inquérito.

No texto, os advogados de Trump criticam tanto as acusações contra o presidente como o processo de impeachment aprovado na Câmara, em dezembro. O documento entregue nesta segunda-feira considera o procedimento “falho”, e que o objetivo dos democratas “nunca foi buscar a verdade”.

Nos Estados Unidos, o presidente não fica afastado do cargo enquanto o julgamento corre no Senado, diferentemente do Brasil.

No domingo, a defesa de Trump chamou as acusações contra o presidente de “um perigoso ataque” aos norte-americanos. “Temos uma base legal forte. O presidente não fez nada de errado e acreditamos que vamos vencer esse processo”, disse uma das fontes ligadas a Trump em entrevista coletiva por telefone.

Casa Branca e aliados tentam agilizar fim do processo

Fontes do Partido Republicano disseram à agência Reuters que a Casa Branca tentaria propor uma moção para inocentar, de uma vez, o presidente Donald Trump das duas acusações — porém, lideranças do partido já chegaram a sinalizar que não apoiarão uma medida como essa.

A outra tentativa é do líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, que tenta viabilizar uma moção para que defesa e acusação tenham apenas 48 horas, divididas em quatro dias, para apresentar os argumentos.

Democratas entregam argumentos para impeachment

Os deputados do Partido Democrata que atuam como promotores no julgamento de Donald Trump no Senado dos Estados Unidos protocolaram no sábado (18) os argumentos para o impeachment. Os parlamentares alegam que a destituição do presidente é necessária para “garantir a integridade das eleições de 2020”, em que o republicano tentará reeleição.

Durante o julgamento no Senado, um grupo de sete deputados — todos do Partido Democrata — atuará como a promotoria. Os parlamentares nomeados foram os seguintes:

  • Deputado Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência
  • Deputado Jerry Nadler, presidente do Comitê Judiciário
  • Deputado Hakeem Jeffries
  • Deputado Jason Crow
  • Deputada Val Demings
  • Deputada Zoe Lofgren
  • Deputada Sylvia Garcia

 

 

Fonte: G1

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