O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin, afirmou por meio de nota que a conduta adotada nessa segunda-feira (01) pelo juiz Sérgio Moro apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação imposta ao ex-presidente.
Afirma também que a delação de Palocci foi recusada pelo Ministério Público e que o ex-ministro da Fazenda teria mentido mais uma vez, sem apresentar nenhuma prova, para obter benefícios.
A delação premiada de Palocci foi acordada com a Superintendência da Polícia Federal, em abril, depois que o Ministério Público Federal rejeitou o acordo. A delação foi homologada pela Justiça em junho, após o Supremo Tribunal Federal decidir que delegados das polícias Civil e Federal também podem negociar este tipo de acordo.
O Partido dos Trabalhadores divulgou nota semelhante, onde acusa o juiz Sergio Moro de interferir de forma arbitrária e ilegal no processo de eleições, ao dar publicidade ao que o PT chama de mentiras de Antonio Palocci.
A ex-presidenta Dilma, por meio da assessoria de imprensa, comentou que o Tribunal Regional Federal da Quarta Região suspendeu a tramitação da delação até que Palocci apresentasse provas mínimas para suas alegações e na que na homologação não é avaliado a idoneidade dos depoimentos.
Por isso, ela afirma que é estarrecedor que a delação tenha sido acolhida e tido o sigilo quebrado por um juiz de primeira instância, sobretudo, em meio à campanha eleitoral. A ex-presidenta ainda diz que Palocci teria inventado que as duas campanhas dela à Presidência teriam arrecadado 1 bilhão e 400 milhões de reais.
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto declarou, por nota, que a indicação de Jorge Zelada para a estatal de petróleo foi do PMDB de Minas Gerais, e não teria havido participação do Presidente Michel Temer na escolha do nome. Henrique Eduardo Alves também disse que a indicação foi do PMDB de Minas, e que ele, na condição de líder do partido, apenas encaminhou o nome.
Também por meio de nota, a Petrobras afirma ser reconhecidamente vítima de atos desvendados pela Operação Lava- Jato e diz que colabora com as autoridades nas investigações.
A defesa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha informou que não vai se manifestar. O PP e o PTB ainda não se posicionaram sobre as acusações.
Preso desde setembro de 2016, Antonio Palocci foi condenado a 12 anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi ministro dos governos Lula e Dilma e está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Fonte: Agência Brasil
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