Mesmo depois de promover mais um desbloqueio de verbas do Orçamento da União, zerando o contingenciamento que chegou a ficar acima de R$ 30 bilhões, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, continua prevendo que o déficit nas contas públicas federais fechará 2019 em R$ 80 bilhões.

Confirmado o valor, será bem abaixo da meta aprovada no Congresso, de um buraco de R$ 139 bilhões, o melhor resultado deste 2015.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse ao blog que o desbloqueio é importante para garantir verbas aos ministérios e mesmo assim “ainda será possível fechar o ano com um resultado de R$ 80 bilhões”.

Ele chega a dizer, por sinal, que o resultado pode “até ser melhor”, ou seja, ficar abaixo de R$ 80 bilhões. Ontem, a equipe econômica anunciou um desbloqueio de, na prática, mais R$ 14 bilhões do Orçamento da União.

Mansueto Almeida lembra que o governo Bolsonaro começou o ano com uma previsão de déficit primário, que não inclui os gastos com pagamento de juros da dívida pública, de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Agora, destaca, o resultado deve ficar em torno de 1% do PIB.

O secretário do Tesouro diz que a meta é fechar o próximo ano com um déficit ainda menor do que o deste ano, reduzindo significativamente o desequilíbrio das contas públicas.

Este ano será o sexto consecutivo de déficit primário no Orçamento da União, que começou a ficar no vermelho a partir de 2014, mas será o menor buraco nas contas públicas federais desde 2015, quando o rombo ficou em R$ 120,5 bilhões.

O último ano em que o governo teve superávit primário foi em 2014. No ano passado, o déficit ficou em R$ 120,2 bilhões.

O resultado é uma boa notícia para a equipe econômica. Durante o ano, diante dos seguidos bloqueios de verbas do Orçamento, uma ala do governo chegou a defender aumentar a meta de déficit, acima de R$ 139 bilhões, para liberar recursos para os ministérios. A equipe de Paulo Guedes foi contra e agora colhe os resultados positivos.

A meta inicial da equipe de Paulo Guedes, porém, era zerar o déficit neste ou no próximo ano, mas descobriu que a pressão por gastos obrigatórios era bem maior do que o previsto inicialmente e inviabilizou atingir esse objetivo.

Fonte: G1

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