DÉMODÉ – 

Gente do céu! Passamos por diversas modas! Já cortei o cabelo igual à Tancinha, personagem de Claudia Raia, usei mangas bufantes, laços de cabelo da viúva Porcino, gel com glitter New Wave, andei com calça cintura alta altíssima, cabelo cheio de chiquinhas como a Xuxa, saia balonê, biquíni asa delta. Tudo que as novelas da Globo nos mostrava eu, nos anos 1980, repetia em mim e fiz de bom grado. Era moda!

Comíamos canapés nas festas e os brigadeiros tinham duas opções: branco ou preto. Não era como hoje, que podemos optar por docinhos de capim santo, cachaça, ninho com nutella e churros.

Os aniversários tinham um bolo enorme , brigadeiros, coxinhas, empadas, pastéis, croquetes e risoles.

Epa!!! Onde andam os croquetes e risoles? Não os tenho visto faz tempo. Eu particularmente amava croquete! Achava maravilhoso quando íamos lanchar na Capucci, uma lanchonete no centro de Natal e lá eu sempre pedia o famoso croquete de carne. Ainda lembro do sabor…

Hoje às festas têm quiches, empanadas argentinas e esfihas abertas ou fechadas. O pastel virou entrada nos restaurantes de classe alta. As empadas viraram empadões ou mini empadões, que para mim, voltam a ser empadas, estou errada? E as coxinhas quando saímos para comer deixaram de ser apenas coxinhas! Precisamos escolher o sabor entre as opções de frango, frango com catupiry, shitake, camarão, carne de sol, ou a que mais amo: massa de brigadeiro e recheio de morango!

É! Nada está livre da moda! Nem mesmo nossos salgadinhos…

 

 

Bárbara Seabra – Cirurgiã-dentista e Escritora

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