O presidente da Comissão Especial do Impeachment no Senado, Senador Raimundo Lira, do PMDB da Paraíba, afirmou que a denúncia contra a presidente Dilma Rousseff não deve ser ampliada durante a tramitação do processo de impeachment na Casa. “Nessa primeira fase de funcionamento, a comissão já decidiu que a denúncia será exclusivamente sobre os dois itens que são contidos na denúncia da Câmara: os seis decretos e aquilo que ficou conhecido como pedaladas fiscais”, disse.
Questionado se isso se manteria na segunda fase, que inicia caso os senadores admitam a abertura do processo, ele disse acreditar que sim. Contudo, afirmou que os senadores poderão discutir novamente a ampliação da denúncia. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), por sua vez, afirmou que iria solicitar que os fatos referentes à Operação Lava Jato fossem acrescentados ao processo de impeachment.
As declarações de Lira foram dadas após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que será o responsável por conduzir a segunda fase do processo, que decidirá se a presidente deve ou não ser afastada em definitivo do cargo. O presidente do Supremo orientou o senador a seguir o rito que já foi estabelecido pela Corte em dezembro.