Deolane na saída do presídio de Buíque — Foto: Joab Alves
Deolane na saída do presídio de Buíque — Foto: Joab Alves

A influenciadora, empresária e advogada Deolane Bezerra deixou o presídio em Buíque, no Agreste de Pernambuco, na tarde desta terça-feira (24). Diferentemente do que aconteceu após a primeira prisão, quando ela foi beneficiada com a prisão domiciliar, Deolane não vai precisar usar tornozeleira eletrônica.

Alvo de uma operação contra lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais (clique aqui para ler mais sobre a investigação), Deolane foi presa no Recife em 4 de setembro. Ela deixou a cadeia no dia 9 e compareceu ao fórum no dia 10 para colocar tornozeleira eletrônica, mas foi informada da revogação da prisão domiciliar por ter descumprido medidas cautelares. No mesmo dia, foi levada para o presídio no interior.

A ordem judicial descumprida por Deolane era de não se manifestar por redes sociais, imprensa e outros meios de comunicação. Dessa vez, o habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) a ela e mais 17 investigados não cita essa regra nem exige monitoramento eletrônico.

Como condição para a liberdade provisória, todos devem cumprir as seguintes regras:

  • não podem mudar de endereço sem prévia autorização judicial;
  • não podem se ausentar da Comarca onde reside, sem prévia autorização judicial;
  • não podem praticar outra infração penal dolosa;
  • devem comparecer em até 24 horas, pessoalmente, no Juízo da 12ª Vara Criminal da Capital, para assinatura de Termo de Compromisso, para tomar ciência de todas as cautelares e informar endereço atualizado.

 

O habeas corpus foi concedido pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso, que acatou um pedido feito pela defesa de Darwin Filho, também suspeito de participação no esquema, estendendo o relaxamento da prisão aos demais detidos.

O magistrado também proibiu os investigados de frequentar qualquer empresa que esteja relacionada à investigação da Operação Integration ou participar de qualquer tipo de decisão sobre a atividade econômica de qualquer empresa que faça da investigação. Também estão proibidos de fazer publicidade ou citar qualquer plataforma de jogos.

O desembargador Guillod determinou que ficam mantidos os bloqueios de valores e sequestros de bens determinados a pedido da Polícia Civil, dentro da investigação policial da Operação Integration.

Gusttavo Lima também é investigado na Operção Integration

A investigação aponta que uma suposta organização criminosa movimentou cerca de R$ 3 bilhões de jogos ilegais, como o jogo do bicho, por meio de bets, plataforma de apostas esportivas online, autorizado e regulamentado pelo governo federal neste ano.

Entre os investigados também estão José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques da Rocha, sócios da Vai de Bet, uma das casas de apostas investigadas na Operação Integration. O casal era considerado foragido até a última segunda-feira (23), quando foi beneficiado pelo mesmo habeas corpus de Deolane.

A relação do casal com Gusttavo Lima levou à Justiça a decretar também a prisão do cantor. Para embasar a justificativa, a decisão cita uma viagem em que o cantor fez com José André e Aislla Sabrina para a Grécia.

“No dia 7 de setembro de 2024, o avião de matrícula PS-GSG retornou ao Brasil, após fazer escalas em Kavala, Atenas e Ilhas Canárias, pousando na manhã do dia 8 de setembro no Aeroporto Internacional de Santa Genoveva, em Goiânia. Curiosamente, José André e Aislla não estavam a bordo, o que indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça.”

Fonte: G1

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