DESAFIOS DA GESTÃO ESTADUAL – Antoir Mendes Santos

DESAFIOS DA GESTÃO ESTADUAL –

A quarta edição do estudo sobre os Desafios de Gestão Estadual(DGE) avalia o desempenho dos estados, na última década, e propõe projeções para 2022 com base na trajetória dos estados na década anterior. Para caracterizar a situação dos estados, o estudo utiliza o Índice de Desafios da Gestão Estadual(IDGE), abrangendo 32 indicadores em 10 áreas  de atuação. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do estado. Neste artigo, abordaremos algumas das áreas pesquisadas com seus indicadores, comparando a posição do RN com as dos estados melhores situados no ranking nacional, e com a posição da PB por se tratar de um estado da mesma região e com dimensões semelhantes ao nosso.

Com relação à educação, o ranking nacional indica que SP com índice de 0,562 e SC com 0,544 são os primeiros colocados, ficando o RN com 0,360 na 20^a colocação e a PB no 18^o lugar com índice de 0,374. No que se refere à crianças em creches, SC com 46,1% é o estado em 2017 com maior proporção de crianças de 0 a 3 anos em creches, seguido de SP com 46,0%. No RN, essa proporção é de 34,6% ficando o estado em 5^o e a PB com 30,6%, na 11^o colocação. No mesmo ano, para às crianças de 4 a 5 anos matriculadas no pré-escolar, destaca-se a liderança dos estados nordestinos, com o CE em 1^o com 97,8% das crianças na escola, o PI com 97,6% em 2^o, o RN com 96,1% na 4^a posição e a PB com 96,0% em 5^o lugar.

Em 2018, o ranking da saúde tinha o DF em 1^o lugar com índice de 0,550, seguido de SC com 0,516 em 2⁰. O RN ficou em 7^o com 0,421 e a PB com 0,336 em 20⁰. Com relação à expectativa de vida ao nascer, SC é o estado melhor colocado com 79,4 anos, vindo em 2^o lugar o ES com 78,5 anos. O RN é o 9^o com 76,0 anos e a PB ocupa a 19^o posição com 73,5 anos, situando-se abaixo da expectativa de vida do brasileiro que é de 76,0 anos. A projeção da expectativa de vida para o Brasil em 2022 é de 77,2 anos, equivalente ao Uruguai.

 Os dados sobre a infraestrutura no país apontam o DF em 1^o lugar com índice de 0,803, ficando SP em 2^o com 0,716, o RN em 9^o com 0,614 e a PB com 0,601 na 11ª colocação.  Uma avaliação da qualidade das rodovias brasileiras indica que apenas 38,3% são consideradas boas e ótimas. Em termos estaduais, SP ocupa o 1^o lugar com 77,8%, seguido de AL em 2^o com 64,9%, a PB vem em 4^o com 56,7% e RN ocupa o 7^o lugar com 46,1%. Com relação às rodovias pavimentadas, o destaque é para o DF com 64,7%, seguido por SE em 2^o lugar com 44,5%, pelo RN em 10^o com 17,1% e pela PB com 10,9% na 25^a posição.

As informações sobre as condições de vida no país, indicam que em 2017 existiam cerca de 27 milhões de pessoas vivendo em condições inadequadas de moradia, sobretudo pela ausência de banheiro no domicílio. O ranking nacional coloca SP em 1^o lugar com índice de 0,869 e MG em 2^o com 0,866, ficando o RN em 14^o com 0,707 e a PB em 12^o com índice de 0,750. Com relação à proporção de domicílios com saneamento básico adequado, SP se mantém em 1^o com 94,9% e o DF em 2^o com 89,7%, vindo a PB em 13^o com 51,1% e o RN ocupando o 18^o lugar com 33,4%.

No que diz respeito ao capital humano, os dados estão referidos à escolaridade média e à taxa de analfabetismo da população. Em 2017, a média de anos de estudos da população é de 9,2 anos, considerada baixa e com prevalência nos estados nordestinos. Entre os estados, o DF ocupa o 1^o lugar com 11,3 anos de estudo vindo SP em 2^o com 10,3 anos, enquanto que o RN com 8,1 anos está no 19^o e a PB com 7,7 anos situa-se na 24^a posição. Com relação à taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais, cuja média nacional é de 7,1%, o RJ está em 1^o com taxa de 2,6% e SC em 2^o com 2,7%, ficando o RN em 21^o lugar com 13,6% e a PB ocupando a 25^a posição com taxa de 16,9%. A projeção da média de anos de estudo para o Brasil em 2022 é de 9,8 anos, equivalente à Espanha, enquanto que a projeção da taxa média de analfabetismo é de 6,0% de analfabetos, equivalente à Colômbia.

 

Antoir Mendes Santos – Economista

 

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