Análises da tumba de Tutancâmon, no Egito, revelaram possíveis “materiais orgânicos” dentro de duas aparentes câmaras secretas – uma descoberta que pode trazer pistas sobre o desconhecido destino da rainha Nefertiti.
Os restos de Tutancâmon, que pode ter sido filho de Nefertiti – rainha no século 14 a.C. -, foram encontrados em 1922. Ele morreu há 3 mil anos, aos 19 anos. A tumba dele foi a mais preservada já descoberta no Egito – cerca de 2 mil objetos foram encontrados dentro dela. Mas seu modelo sempre intrigou especialistas, em particular devido o seu tamanho, menor do que os túmulos de outros reis.
O arqueólogo britânico Howard Carter, que foi quem descobriu a tumba em 1922, acredita que Nefertiti tenha sido sepultada junto com o faraó. E o egiptologista britânico Nicholas Reeves acredita que os restos de Tutancâmon podem ter sido sepultados às pressas em uma câmara externa do que originalmente era a tumba de Nefertiti.
O ministro de Antiguidades do Egito, Mamdouh el-Damaty, afirmou nesta sexta-feira o local foi examinado com radares em novembro que mostraram “coisas diferentes atrás das paredes”.
Uma análise mais detalhada será feita no fim deste mês para determinar se os espaços vazios encontrados são realmente câmaras.
Mas outros especialistas consultados pela Associated Press duvidam que se trate do túmulo de Nefertiti. Eles argumentam que, ainda que as análises possam mostrar que as câmaras secretas de fato existem e guardam outro túmulo, é improvável que ele abrigue a rainha.
Para Aidan Dodson, arqueologista da Universidade de Bristol (Grã-Bretanha), “se forem câmaras, provavelmente elas estarão repletas de mais objetos fúnebres de Tutancâmon ou talvez a múmia de uma criança que tenha morrido antes que ele”.
Por enquanto, as autoridades egípcias não comentaram se acreditam que os espaços secretos possam ter tesouros ou múmias.
Fonte: BBC