A pressão sobre o governo para um reajuste nos preços da gasolina e do diesel aumentou após o leilão do pré-sal no campo de Libra. As autoridades na equipe econômica que já defendiam alta nos preços antes mesmo da licitação acreditam no reajuste dos combustíveis até o fim do ano, e pressionam para que ocorra nos próximos dias.
O argumento é que o reajuste daria uma folga de recursos à Petrobras, forçada a importar combustível mais caro do que vende no Brasil, onde o preço é controlado pelo governo para não aumentar a inflação.
Com o alívio no caixa, a Petrobras teria “condições totais” de pagar integralmente a parte que lhe cabe no bônus de assinatura do contrato entre a União e o consórcio que venceu o bloco de Libra. Dentro de 40 dias, a Petrobras terá de pagar R$ 6 bilhões à vista, por deter 40% do consórcio. O bônus total é de R$ 15 bilhões.