DESENCONTRO –

No teu olhar não te vejo

Na tua voz não te escuto

No teu corpo não te percebo

No teu ser não te entendo.

 

Na mágoa faz-te muito

No sorriso faz-te pequeno

No carinho faz-te ausente.

 

De longe me faz perto

De perto me faz distante.

 

Na entrega faz-te contida

No desejo faz-te esquecida.

 

Em mim não tens o teu porto

Em você não tenho onde atracar.

 

No presente não me encontras

No passado não te recordas

Sem entender de destino

Seguimos em desatinos.

 

Enfim não sei quem sou

Nem sei também quem és

Nem se haverei de saber,

Pois vidas que se entrelaçam

Em nenhuma de fato sou eu

Em nenhuma de fato é você.

 

Seguiremos em busca desse encontro?

Viveremos num eterno desencontro?

Não sei… Quem sabe, um dia eu conto.

 

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil, escritor e Membro da Academia Macaibense de Letras ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

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