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Destroços de navio naufragado revelam detalhes da vida na Europa no século 17

Barris de cal viva podem ter contribuído para incêndio e naufrágio — Foto: Jonas Walzberg/DW

Em novembro de 2021, arqueólogos começaram a examinar os restos de um navio naufragado no litoral norte da Alemanha. Na segunda-feira (03/07), a equipe revelou ao público suas descobertas no que se constatou ser uma embarcação mercante do século 17, pertencente à Liga Hanseática.

Após uma missão de resgate abrangente – a primeira bem-sucedida de um veículo comercial desse período na região –, o tesouro submarino está limpo e documentado, e inclui objetos de porcelana e partes do aparelho náutico, inclusive 180 peças de madeira. A popa está especialmente bem conservada.

“Encontramos mais do que esperávamos e podemos inferir bastante sobre a constituição e o equipamento presentes no navio”, comunicou o diretor do projeto, Felix Rösch, muma coletiva de imprensa.

O achado é especialmente importante por ilustrar o quotidiano da época. Embora diversos navios de guerra já tenham sido resgatados no Mar Báltico, esse navio mercante permite vislumbres na vida civil. Entre os objetos está um frasco de bebida com a palavra “Londn” gravada. Ossos de animais e resíduos nas peças de porcelana indicam o que se comia a bordo.

De volta à água para gerações futuras

Os destroços náuticos foram encontrados a 11 metros de profundidade no rio Trave, perto da cidade portuária de Lübeck, no Mar Báltico, no nordeste alemão. Uma medição de rotina revelara um navio de cerca de 25 metros de comprimento por seis metros de largura.

Peritos deduzem que ele estava a caminho da Escandinávia. Marcas pretas em grande parte da madeira sugerem um incêndio a bordo como possível causa do naufrágio. A carga também pode ter contribuído para o desastre: 150 barris de cal viva (óxido de cálcio), substância altamente inflamável utilizada no século 17 como material de construção.

Agora os achados serão submetidos a rastreamento 3D num galpão de armazém de Lübeck, mantidos em tanques cheios d’água, “senão vão secar e se decompor rapidamente”, explicou Rosch.

Segundo a encarregada de Cultura da cidade, Monika Frank, é possível que os itens de 400 anos de existência voltem a ser submergidos depois dos estudos, a fim de ficarem preservados para gerações futuras.

Criada em fins do século 12, a Liga Hanseática era uma confederação comercial e defensiva de cidades e guildas de comerciantes da área dos mares do Norte e Báltico, estendendo-se da Holanda à Polônia, e no norte ao longo do litoral da Escandinávia.

Fonte: G1RN

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