Dezenas de civis, entre eles alguns feridos, foram retirados hoje (13) do principal reduto opositor dos arredores de Damasco (Síria), em Ghouta Oriental, alvo de uma ofensiva do exército sírio e seus aliados, informaram a televisão oficial e ativistas.

A televisão síria afirmou que dezenas de civis saíram em duas rodadas a bordo de ônibus, através do corredor humanitário do campo de refugiados palestinos de Wafidin, na periferia de Damasco, e mais pessoas podem deixar a região.

As forças armadas sírias estão encarregadas de garantir a segurança dessas pessoas, na sua maioria mulheres, menores e idosos, que serão transferidas ao centro de atendimento em Al Dueir.

O Crescente Vermelho sírio destacou que suas equipes estão realizando seu “dever humanitário”, prestando serviços às famílias que estão saindo de Ghouta Oriental.

A televisão síria não mencionou se está ocorrendo alguma retirada de doentes ou feridos, embora o Observatório Sírio de Direitos Humanos tenha dito que eles começaram a deixar Ghouta Oriental.

Essa organização especificou que a evacuação médica ocorre em áreas sob o controle da facção islâmica, o Exército do Islã, um dos principais da região.

A fonte acrescentou que a evacuação coincide com o bombardeio de áreas ocupadas por outro dos mais importantes grupos islâmicos em Ghouta Oriental, a Legião da Misericórdia.

Acordo para retirar feridos de região sitiada

Ontem, o Exército do Islã revelou em comunicado que tinha chegado a um acordo com a Rússia, aliada do governo sírio, para retirar os feridos da região sitiada.

O responsável pelo chefe do Centro Russo de Reconciliação entre as Partes na Síria, general Yuri Yevtushenko, afirmou que 100 civis abandonaram hoje Ghouta Oriental em dois grupos pelo corredor humanitário, graças a um pacto entre o Exército russo e os combatentes opositores.

Ghouta Oriental é alvo de uma ofensiva terrestre do exército sírio desde o dia 25 de fevereiro, precedida por intensos bombardeios de aviões sírios e russos.

 

Fonte: Agência EFE

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