DIÁRIO DE BORDO –

Tudo bem que eu sempre brinquei sobre fatos esotéricos, que eu adoro falar sobre signos sem ter a menor propriedade sobre o tema, na verdade, sem entender patavina nenhuma. Tudo bem que eu adoro falar que tenho uma bola de cristal, que falo em acaso mesmo achando que nada acontece por acaso, que tudo na vida tem um propósito, uma razão de ser, ou não… eu ainda não estou bem certa sobre nada nessa vida, tudo me parece uma grande incógnita.

O fato é que não sei muito, ou quase nada, sobre destino, predestinação, premonição, sensitivíssimo, sexto sentido, profecias, religiões e crenças, tarô, mapas astrais e coisas do tipo. Só sei que ultimamente tem me acontecido cada uma que, se eu contar, ninguém acredita.

Fiz um roteiro de viagem, nele eu teria que ver à Guanabara, depois cruzar a Ipiranga com Av. São João e terminar num rolê pelas curvas de Santos. Assim, os destinos foram milimetricamente pensados, 5 dias em Niterói com minha filha caçula, 5 dias em São Paulo, para comemorar o aniversário da minha irmã mais nova – que reside na cidade que não dorme – e 5 dias em Santos para rever amigos e celebrar a vida.

Tudo programado e agendado, segui viagem, não sem antes avisar aos amigos sobre nossas passagens pelas terrinhas deles. A minha primeira surpresa foi descobrir, que um dos amigos que mora em Santos, estava com as passagens compradas para Natal, no mesmo dia que a minha, no mesmo horário de partida e, pasmem, com a mesma cidade e horário para conexão, com os portões de embarques vizinhos.

Encontramo-nos em Brasília, na baldeação, e demos boas gargalhadas com tamanha coincidência (ou seria providência do destino?). No meio de tantos desencontros um encontro inesperado e cheio de bons fluidos e boas energias. Estariam os Deuses colocando seus dedinhos nos acasos e dando umas pitadinhas de alegria no meio de todo o caos que foi passar quase 24h acordada, e em trânsito, com três embarques e duas conexões, malas perdidas, cansaço físico e quase à beira de um esgotamento mental?

Estariam os Deuses contrariando as leis de Murphy? tudo bem que começou dando errado, mas não podemos negar e nem usar de todo pessimismo e negativismo empregado por Murphy, afinal, e nisso realmente creio, que atraímos aquilo que desejamos, aquilo que somos e aquilo que plantamos.

Por isso, quero deixar sementes daquilo que nos faz bem nos caminhos que atravessam amizades, corações e sonhos, para que possamos colher as alegrias que a vida pode nos proporcionar. E curtir minha viagem.

 

 

 

 

 

 

Flávia Arruda – Pedagoga e escritora

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