A presidente Dilma Rousseff disse hoje (10) que espera que a economia brasileira supere a crise até o fim do ano. “Nós vamos fazer todo o esforço ao nosso alcance para que, até o final deste ano, os sinais de recuperação já comecem a aparecer”, declarou ao discursar na abertura do 21º Salão Internacional da Construção (Feicon-Batimat), na zona norte da capital paulista. Dilma admitiu, no entanto, que o momento é delicado. “Eu não ignoro a desaceleração do setor e da economia vivenciada no momento atual. Eu tenho trabalhado de forma sistemática para superar ainda este ano essa desaceleração”, disse logo no início de sua fala.

Antes da cerimônia, a presidenta foi recebida com vaias pelos funcionários responsáveis pela montagem dos boxes de exposição. Dilma visitava o pavilhão que passava por ajustes antes de ser aberto ao público. Ela estava acompanhada do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e de representantes empresariais do setor da indústria e comércio de materiais de construção. A feira reúne 2 mil marcas nacionais e internacionais e espera receber 120 mil visitantes até sábado (14).

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover, defendeu o processo democrático no país, durante o evento de abertura, para uma plateia de executivos. “O empresário, em sua grande maioria, mesmo com esse momento difícil, tem mantido o equilíbrio, quer a governabilidade e a permanência do processo democrático. Está fazendo a crítica precisa, não aquela simplista e generalista”, declarou. Ontem (9), a presidenta Dilma também destacou a importância da democracia ao comentar os panelaços ocorridos contra o governo, no último domingo (8), em algumas regiões do país.

Apesar de assumir que o país passa por um momento de dificuldades, Dilma disse que alguns setores da sociedade vêm exagerando na proporção dos problemas. “Nem de longe, nós estamos vivendo uma crise nas dimensões que alguns dizem que nós estamos vivendo. Nós passamos por problemas estritamente conjunturais, porque nossos fundamentos, hoje, são sólidos”, ressaltou.

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