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A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que não pretende renunciar ao cargo, apesar do quadro de crises política e econômica. Estão marcados, para este domingo (13), atos contra a presidente, que enfrenta um pedido de impeachment na Câmara dos Deputados, um processo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode cassar sua chapa. Na economia, o país amarga redução na atividade e aumento no desemprego. Dilma também saiu em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que o pedido de prisão preventiva contra o petista “não tem base legal e jurídica”.

Em encontro com reitores federais no Palácio do Planalto, a presidente demonstrou preocupação com a situação do petista, reconheceu que o momento político é delicado. Em tom de desabafo, ela disse que o seu antecessor merece respeito e defendeu a obediência ao processo legal. A defesa ao petista também foi feita pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, segundo o qual o pedido foi “injusto” e “faltou com respeito” à trajetória do ex-presidente.

Em reunião com seu núcleo político, na noite da quinta-feira (10), a presidente definiu a necessidade do governo federal sair em defesa do antecessor, que tem sido pressionado a assumir um cargo de peso na Esplanada dos Ministérios. O governo federal recebeu com preocupação o pedido de prisão preventiva e considerou que foi expedido como reação à possibilidade do petista assumir um cargo na Esplanada dos Ministérios, o que daria a ele foro privilegiado e evitaria que ele fosse alvo de uma prisão autorizada por juízes de primeira instância. A avaliação é que o pedido de prisão contra Lula é “exagerado” e se baseia em elementos e provas “inconsistentes” e “frágeis”.

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