Bem no meio da selva de pedra que é Nova York, o “novo” habitante já está acomodado.

Apex, o dinossauro mais caro do mundo, chegou no Museu Americano de História Natural para uma estadia de quatro anos.

O estegossauro é aquele dinossauro que qualquer criança conhece. Razão pela qual Steven Spielberg recebeu milhares de cartas nos anos 1990, de crianças que pediam mais cenas com o estegossauro no segundo filme da franquia “Parque dos Dinossauros”.

Na vida real, o Apex também tem fãs adultos e bastante ricos. Em julho deste ano, o esqueleto dele desbancou um Tiranossauro Rex e foi leiloado pelo valor mais alto para um fóssil na história. Mais de US$ 44 milhões — quase R$ 280 milhões.

O paleontólogo do museu, Roger Benson, disse que o bilionário que comprou o Apex está patrocinando uma pesquisa para que Benson e seus colegas imprimam em 3D todo o esqueleto do estegossauro. Assim, uma réplica do fóssil ficará acessível para todos os cientistas do mundo.

O que torna o Apex tão especial é que nunca antes um estegossauro tinha sido encontrado tão completo. Esse dinossauro tinha cerca de 300 ossos e 80% deles estão aqui, e isso vai ajudar os pesquisadores a entenderem mais sobre essa espécie.

“Vamos extrair uma amostra de um dos ossos do quadril dele. Esses ossos deixam evidências tipo aqueles anéis nos troncos das árvores. isso vai nos falar sobre o crescimento do estegossauro, quão rápido eles cresceram, quanto tempo viveram, e o que aconteceu em seus últimos dias…”, disse Benson.

 

O leilão de Apex alimentou temores entre acadêmicos de que museus e universidades poderiam perder a chance de estudar esses animais. Hoje, o destino de muitos fósseis são as casas de leilão, onde eles são comprados por bilionários e vão parar em coleções privadas.

O paleontólogo Paul Olsen, da Universidade de Columbia, disse não se incomodar com isso.

“Tirar essas criaturas do chão é caríssimo, então não haveria ninguém para escavar o apex, por exemplo, e ele ficaria lá, se decompondo. Se um colecionador pode desenterrá-los e fazer um bom trabalho, isso é ótimo”, diz.

 

No museu, a professora da oitava série mostra a novidade pros alunos. “É um recurso maravilhoso para aprender sobre o que estava na terra antes da gente, antes mesmo de existirmos”.

Gabriella, de 14 anos, achava a aula de ciências meio chata, mas só de ver o dinossauro, ficou cheia de perguntas. “Me fez querer estudar mais”, diz.

Segundo Olsen, você nem precisa se tornar um cientista, mas o interesse pela ciência pode ser muito útil na vida, ajuda a desenvolver formas de pensar e de resolver problemas. Esta é a maior riqueza de ter o Apex no museu.

Fonte: G1

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