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Acusado de liderar a quadrilha internacional de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo, Ray Whelan, 64, deve ser afastado, ao menos provisoriamente, das suas atividades na Match Services.

Diretor-executivo da empresa, o britânico gerencia o braço de acomodações do conglomerado dos irmãos Byrom e trabalha no credenciamento de hotéis oficiais nos torneios da Fifa.

A ideia de afastamento de Whelan do cargo partiu da federação internacional, que está preocupada com os danos de imagem provocados pelo escândalo.

Na terça-feira, a Match emitiu um comunicado informando que o britânico “continuará trabalhando nas áreas operacionais de nossa responsabilidade para realizar uma Copa do Mundo bem-sucedida” depois de ser liberado pela polícia com o pagamento de fiança e um habeas corpus.

Whelan, no entanto, deve devolver sua credencial do Mundial à Fifa na tentativa de reduzir o impacto do caso. O empresário foi indiciado por associação criminosa e por facilitar o recebimento de ingresso a cambistas, artigo 41-G do Estatuto do Torcedor.

As investigações mostraram aos policiais que o grupo liderado por Whelan desviaria ingressos dos pacotes de hospitalidade, de federações nacionais como a CBF, além de ingressos individuais ou bilhetes adquirido com operários dos estádios utilizados no Mundial.

A Match, empresa dirigida pelos mexicanos Jaime e Enrique Byrom, cunhados do britânico, detém a exclusividade na venda das entradas de hospitalidade da Copa, do Mundial feminino e da Copa das Confederações.

A companhia está sediada em Zurique, cidade-base da Fifa, e seus donos são figuras frequentes nos corredores da entidade.

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