Material de divulgação para investidores mostra negócios da Disney e da Fox que estão sendo unidos na área de televisão, cinema e serviços de streaming — Foto: Divulgação

A Disney concluiu nesta quarta-feira (20) a compra da 21st Century Fox, a divisão de entretenimento da Fox, pelo valor de US$ 71,3 bilhões após ter recebido o sinal verde dos órgãos reguladores de vários países.

A operação abre caminho para o surgimento da maior empresa de entretenimento do mundo, que terá sob seus cuidados conteúdos como Star Wars, Os Simpsons, Avatar, além dos personagens da Marvel.

A Disney assume todo o departamento de filmes da 21st Century Fox, incluindo a 20th Century Fox, a Fox Searchlight Pictures, a Fox 2000 Pictures, a Fox Family e a Fox Animation; bem como suas unidades de produção para TV, com a Twentieth Century Fox Television, Fox21, FX Productions, National Geographic, Fox Networks Group International, além da Star India e dos ativos da Fox em Hulu, Tata Sky e Endemol Shine Group.

A aquisição e os conteúdos abrem caminho para o lançamento previsto para este ano do serviço de ‘streaming’ da Disney, que se chamará Disney+, e terá a missão de concorrer com a Netflix, a plataforma líder do setor.

“A combinação da riqueza de conteúdos criativos e talentos comprovados da Disney e da 21st Century Fox dará à companhia de entretenimento global uma ótima posição para liderar em uma era incrivelmente dinâmica e transformadora”, disse em comunicado o executivo-chefe de Disney, Bob Iger.

Apesar da venda da divisão de entretenimento, o até agora proprietário do império Fox, o magnata Rupert Murdoch, manterá a propriedade da Fox News e do Fox Sports 1 (FS1), reunidos sob a Fox Corporation, com foco em notícias e esportes.

No final de 2017, a Disney ofereceu US$ 52,4 bilhões pela operação fechada hoje, mas uma proposta da Comcast à Fox no valor de US$ 65 bilhões obrigou a companhia a elevar a oferta até US$ 71,3 bilhões, o que equivale a US$ 38 por ação.

As condições da operação permitem aos acionistas da 21st Century Fox escolher entre receber US$ 51,57 em dinheiro por ação ou trocar cada título pelo equivalente a 0,45 ação do novo conglomerado Disney.

Liderança no cinema fortalecida

A Disney já era o grande dominador de Hollywood antes da compra, graças a marcas bem-sucedidas como Lucasfilm, Pixar e Marvel.

Segundo os dados do portal especializado “Box Office Mojo”, três dos cinco filmes de maior sucesso de bilheteira do ano passado no mundo todo pertencem ao grupo de Mickey Mouse.

“Vingadores: Guerra Infinita” foi o número 1, com US$ 2,048 bilhões, “Pantera Negra” foi o número 2, com US$ 1,34 bilhão, enquanto “Os Incríveis 2” ficou em quarto lugar com US$ 1,24 bilhão.

A Disney também começou 2019 com força, já que “Capitão Marvel”, que está em cartaz há duas semanas nos cinemas, lidera a lista de filmes com maior sucesso de bilheteira no mundo todo com uma arrecadação de US$ 779 milhões.

Somente neste ano de 2019, a Disney prevê lançar as novas versões de “Dumbo”, “Aladdin” e “Rei Leão”, o quarto longa-metragem da franquia “Toy Story” e dois filmes que prometem bater recordes de bilheteria: “Vingadores: Ultimato”, da Marvel, e o Episódio IX de “Star Wars”.

A liderança da Disney no cinema possivelmente será fortalecida com a compra da parcela de cinema da Fox, que inclui os direitos sobre os personagens dos quadrinhos X-Men e Deadpool.

A Fox também tem em seu poder “Avatar”, o filme de maior sucesso de bilheteira de todos os tempos com US$ 2,78 bilhões e para o qual o diretor James Cameron prepara pelo menos quatro sequências.

Quanto ao mercado televisivo, a Fox conta com uma das melhores e mais longevas séries dos Estados Unidos: “Os Simpsons”.

A parte da Fox dedicada à televisão, que além disso inclui os canais FX e National Geographic, também é a responsável por outras séries de sucesso como “Modern Family”, “Uma Família da Pesada”, “This is Us”, “American Horror Story”, “Arquivo X” e “The Americans”.

Todas essas produções para TV e cinema, além do já vasto catálogo da Disney, podem ser um trunfo para que o novo conglomerado consiga atrair ainda mais público em sua iminente batalha contra as plataformas de streaming como a Netflix.

Fonte: G1

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