As duas partes chegaram a um acordo que significará o cancelamento do processo judicial e um investimento, por parte da Disney, de US$ 17 bilhões no estado (cerca de R$ 91 bilhões) que deve incluir a construção de um novo parque temático.
Na segunda-feira (12), um conselho do governo da Flórida que supervisiona os parques temáticos da Disney anunciou um acordo de 15 anos com o grupo de entretenimento.
A briga começou em 2022, quando a Disney se manifestou publicamente contra a lei “Don´t Say Gay” (“Não Diga Gay”). A polêmica medida, sancionada naquele ano pelo governador ultraconservador Ron DeSantis, proíbe qualquer tipo educação sexual em escolas da Flórida.
Seguindo uma onda de críticas públicas, a Disney, maior empregador do estado norte-americano, se opôs fortemente à medida, de autoria de DeSantis, e disse que iria à Justiça para combatê-la.
Como retaliação, o governador retirou benefícios fiscais e tomou o controle do distrito autônomo da Disney World — desde 1967, a Disney tinha o status de distrito autônomo na Flórida, o que significa que a região onde ficam os parques e resorts da empresa tinha um governo próprio, com autonomia do governo estadual da Flórida.
Em reação, a Disney abriu então um processo contra DeSantis pedindo de volta o controle da região.
Como parte do acordo, a Disney recuperou a autonomia de seu território e fará o investimento nos próximos 10 a 20 anos para expandir seus enormes resorts e parques temáticos na área de Orlando. O acordo também prevê a criação de um quinto “grande” parque temático na região, assim como de outros dois de “menores dimensões”.
“Nos encaminhamos para um novo momento, e estamos entusiasmados com o rumo tomado”, disse a vice-presidente do distrito autônomo da Disney, Charbel Barakat.