A forte queda do dólar no exterior desencadeou um desmonte de posições compradas no segmento futuro, intensificando a realização de lucros no mercado doméstico, após avanços recentes. Lá fora, os principais catalisadores da onda de vendas foram indicadores mais fracos que o esperado nos Estados Unidos, que reforçaram a percepção de que o Federal Reserve ainda deve levar algum tempo para elevar os juros. No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou em queda de 2,12%, aos R$ 3,2120, valor mais baixo desde 22 de agosto, quando encerrou aos R$ 3,2013. Já a variação do dólar foi a mais intensa desde 28 de junho (-2,57%). A queda do dólar, que começou pela manhã, foi intensificada durante a tarde, em linha com as perdas do Dollar Index e o enfraquecimento divisa norte-americana ante moedas de mercados emergentes. No segmento futuro, o contrato de dólar para outubro perdeu 2,63%, aos R$ 3,2210, com giro de US$ 16,201 bilhões. O cenário doméstico ficou em segundo plano, mas os agentes financeiros continuam atentos à mobilização de Michel Temer em relação ao apoio político necessário para dar sequências ao seus esforços de ajuste fiscal e reformas.