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Em meio ao volume de negócios bastante reduzido, o dólar operou predominantemente em alta nesta segunda-feira (22), mas acabou por fechar em baixa de 0,10%, cotado a R$ 3,2013 no mercado à vista. No mercado futuro, o dólar para liquidação em setembro terminou o dia em baixa de 0,17%, aos R$ 3,2130. O sinal de alta que predominou na maior parte do dia foi determinado pelo cenário externo, onde o dólar ganhou força num contexto de forte queda dos preços do petróleo e ainda intensa expectativa em torno da política monetária do Federal Reserve. Enquanto os mercados aguardam o discurso da presidente do Fed, Janet Yellen, marcado para a próxima sexta-feira, 26, houve espaço para a repercussão de declarações do vice-presidente da instituição, Stanley Fischer.
Ontem Fischer afirmou que o BC dos EUA está próximo de alcançar as suas metas de inflação e emprego – reforçando os sinais de que uma alta de juros pode vir este ano. O período de maior volatilidade se deu à tarde, quando o dólar atingiu a máxima de R$ 3,2271 (+0,70%), às 14h25, e a mínima de R$ 3,1975 (-0,22%), às 17h03. Além das incertezas quanto à política de juros dos EUA, o investidor se concentra no noticiário político brasileiro. Ao mesmo tempo em que se aproxima o início da etapa final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, também se intensifica a busca do governo por apoio às medidas de ajuste fiscal. O presidente em exercício, Michel Temer, deverá negociar pessoalmente com líderes de partidos na Câmara a pauta econômica que deve ser votada esta semana.
Além dos destaques ao projeto da renegociação da dívida dos Estados, a Câmara precisa votar medidas provisórias que vencem nesta semana. O Congresso, por sua vez, precisa votar nesta semana a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), uma vez que ela deve ser aprovada até o final de agosto. O Banco Central promoveu pela manhã o segundo leilão de contratos de swap cambial reverso nas quantidades “habituais”. Vendeu todos os 10 mil contratos, correspondentes a US$ 500 milhões, em operação que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro. O leilão, assim como a influência do cenário externo, tiveram efeito pontual sobre as cotações, que perderam fôlego à tarde e voltaram para patamares próximos aos do fechamento da última semana.

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