DUAS GOTAS DE CREOLINA CONTRA O COVID? DO RICO FOLCLORE SERTANEJO –

A OMS recomenda seguirem os ritos de segurança, como lavar as mãos constantemente, não aglomerar, mas o recente vírus corona vem atingindo pessoas de todas as classes sociais, crenças e crendices. Pela internet testemunhas de cura ou prevenção pessoal, no entanto, que surja logo o remédio salvífico de alguma das muitas bilionárias empresas farmacotécnica. O mais desde o surgimento da caipirinha, a cachaça e limão, que proliferou à época para combater a terrível Gripe Espanhola. Agora surge a creolina, em duas gotas em copo d’água, evidentemente com menos destaque do que a discutível Cloroquina.

Do uso e costume popular há  dito de que basta  pingar duas gotinhas de creolina (produto desinfetante) em um copo de água e tomar todos os dias, além de curar diabetes também curava cisto sebáceo, erisipela, unha encravada, micose, úlceras de pele, câncer de próstata e de rim, apêndice supurado, otite, mal hálito, hemorroidas, verminose, pedra na vesícula, úlcera no estômago e até mal olhado, por consequência!

Não há praga mais braba que bicheira em pata de jegue, segundo meu amigo Rubinho Lucena de Piancó, dono da Rede Xiquexique em Brasília. E a solução usada pelo sertanejo é a boa Creolina. No tempo de Lampião, ex-integrantes do bando diziam que baleados na caatinga tinham os cartuchos a faca e se admiravam como não havia forte infecção. Usava creolina, diziam os ex-cangaceiros Labareda e Candeeiro. E dizem mesmo que dava certo!

De certo mesmo é seguir a prescrição do Ministério da Saúde e da OMS, diz a ciência.

Do extrato precioso do mestre Câmara Cascudo, ainda herdamos as trovas em desafios e cantorias que vinham de Portugal e se encasulavam na cantoria do folclore sertanejo:

                                 “Como está bem contente,

                                    Meu amigo no teu nicho,

                                    Vem dar-nos aguardante

                                     Pra matadela de bicho!”

No Brasil, no mesmo sentido cascudiano, refere-se o ilustre potiguar Diógenes da Cunha Lima, muita sabedoria vem do popular!

 

 

Luiz Serra – Professor e escritor
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