O presidente dos EUA, Joe Biden, chega à cúpula da Otan, na Lituânia, em 11 de julho de 2023.  — Foto: Susan Walsh/ AP
O presidente dos EUA, Joe Biden, chega à cúpula da Otan, na Lituânia, em 11 de julho de 2023. — Foto: Susan Walsh/ AP

Em meio à resistência de países como os Estados Unidos à entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse nesta terça-feira (11) que será “um absurdo” se a aliança militar não oferecer ao seu país a candidatura.

Os líderes de todos os países membros da Otan estão reunidos nesta terça na Lituânia para uma das principais cúpulas do bloco, que vai avaliar a entrada da Suécia e da Ucrânia na aliança.

Neste ano, Zelensky foi convidado a participar da reunião, e chegou nesta manhã à cidade de Vilnius, onde acontece a cúpula de dois dias.

expectativa, no entanto, é que a Otan adie a abertura da candidatura de Kiev, sob o argumento de que isso poderia elevar os riscos de uma terceira guerra mundial.

“Se a guerra está em andamento, estaremos todos em guerra contra a Rússia se a Ucrânia entrar na Otan agora”, declarou o presidente do EUA, Joe Biden.

Os EUA, que acabaram de aprovar o envio das polêmicas bombas de fragmentação ao Exército ucraniano, lideram o grupo contrário à entrada da Ucrânia na aliança neste momento – no lugar disso, essa ala da Otan defende o abastecimento do Exército russo com armas. Zelensky não escondeu a decepção com a opinião de seu maior aliado no Ocidente.

O líder ucraniano vinha esperando que a Otan oferecesse uma via rápida de entrada – para ingressar na aliança, um país deve seguir uma série de requisitos e esperar a votação por unanimidade dos países membros, em um processo que pode levar até dois anos.

Mas a legislação da Otan também prevê uma forma de entrada com caráter de urgência, caso todos os sócios estejam de acordo. Neste caso, como ocorreu com a Finlândia após o início da guerra na Ucrânia, o ingresso de um país pode ocorrer em poucos meses.

Também nesta terça, o Kremlin que a esperada adesão da Suécia à Otan teria claras implicações negativas para a segurança da Rússia e que Moscou responderia com medidas semelhantes às que tomou depois que a Finlândia ingressou na aliança militar ocidental.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também minimizou a decisão da Turquia de encerrar sua oposição à adesão da Suécia, dizendo que Ancara tem obrigações como membro da aliança e que Moscou não tinha ilusões a esse respeito.

Fonte: G1

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