É ELEIÇÃO OU GUERRA ELEITORAL? –
Há críticas para que o TSE não tolere certas posturas de institutos de pesquisas já que estes erraram tanto nos últimos tempos. Seja eleição para prefeito seja para presidente, desde FHC até Doria, houve equívocos monumentais, mas, mesmo assim, grandes redes de tevê insistem que Alckmin, Ciro, Haddad ou Marina é que são favoritos na próxima eleição. Agora, antecipa-se em horário nobre que até Haddad aparece de paraquedas bem cotado!
Um simples distribuir de santinhos em zona eleitoral pode dar prisão, no entanto, usar a mídia televisiva para fomentar incertas possibilidades futuras de segundo turno, como reais, pode ser divulgada à vontade. No item desconfiômetro, boa parte do povo desconfia de que formas de cabresto eleitoral nunca deixaram de existir. A TV é uma máquina de lavagem-cerebral, desde fazer um torcedor mudar de time, aceitar ouvir “música” repugnante, até fazer eleger um notório corrupto.
A tese da rejeição é completamente equivocada, beira à histeria, muita gente não gosta de expor suas preferências, prova esteve na eleição de Dória, por exemplo. Lula teve considerável rejeição na primeira eleição e mesmo assim venceu. No entanto, o povo tem o passado do candidato como referência salvífica. Daí uma substancial disposição surge por querer reconduzir Lula, apesar dos reveses no judiciário. Por outro lado, quando situações, como a de agora, em que candidatos não atingem suficiente preferência, aparece possível desaguar do “voto útil”. Mas quem poderia ser o novo Juruna ou Tiririca no cenário presidencial?
Creio que de nenhum dos nanicos. Há o espírito de sobrevivência do eleitor, e, nesse quesito, a tendência pode estar para o candidato Alckmin, lembrando que não tenho nenhuma ideia de quem irei votar para o Planalto. Tempo de tevê também conta para anular inclinações a nomes adventícios, que se aventuram à campanha sendo desconhecidos.
Bolsonaro toca na ferida mais contundente da violência ilimitada que afeta todas as esferas populares, municípios escondidos já sofrem das agruras do tráfico de drogas, por exemplo. Ciro tenta ressuscitar seu bom governo do Ceará, principalmente no tocante ao combate à seca. Marina expõe a sua participação na questão agrária e do povo das florestas. Alckmin possui ótima avaliação em seu governo do gigante São Paulo. Haddad é lançado como a reedição do governo e da postura petista de Lula. Ainda corre por fora o “chama o Meirelles”!
O leque está aberto, deveria ser livre, sem injunções irregulares de mídia. Que o TSE saia das sombras e intervenha em possíveis exposições para candidato A ou B, em detrimento de outros. Tais práticas, além de inconstitucionais podem se constituir ofensa ao estamento democrático, que deve ser livre e isento de pressões extraeleitorais. Que as paixões extremadas não vençam a serenidade e a razão!