E HOJE! DEVEMOS CURTIR A PANSPERMIA? –
Estamos passando por um período de grandes turbulências em todo o nosso planeta e isso me faz lembrar os ciclos de mudanças que o mundo e a vida periodicamente passam. São fatos que não podemos desprezar nas nossas vidas, nas empresas, nas profissões e nas relações entre o ser vivo e o ambiente. Apenas os mortos estão livres dessas mudanças. Até os alienados, ignorantes, negacionistas e teimosos não conseguem escapar das mudanças. Claro que não devemos ceder a qualquer mudança. Analisar, avaliar conceitos éticos e riscos, sempre é válido e prudente para minimizar futuras complicações. Assim entramos em ambientes de mudanças que podemos administrá-las ou não. Nem sempre podemos administrar todas as situações, como aquelas que vivemos em ambientes politicamente totalitários. A resistência sempre será possível e o risco de enfrentar merece reflexão.
E as mudanças ambientais, tecnológicas e de comportamento social? Quando menos esperamos elas estão na nossa convivência e temos que nos adaptar para sobreviver e interagir socialmente. A exploração do universo me faz voltar ao tempo das grandes navegações e não faz muito tempo, o nosso continente tem menos de 600 anos, comparando com os 3 mais antigos, Europa, Ásia e África, somos recém-nascidos. E o que dizer da exploração do universo, aliás, por enquanto somente demos poucos passos na nossa galáxia Via-Láctea. As nossas caravelas do passado recente serão substituídas por equipamentos de alta velocidade e aqueles que se aventurarem nessas viagens fatalmente alcançarão novos mundos e novos ambientes e possivelmente estilos de vida até então inimagináveis. Quando já sabemos que na imensidão do universo a nossa galáxia é uma das menores. A revisão dos papiros e imagens que descobrimos do passado serão vistos no futuro como os arcaicos sistemas de informática que convivemos hoje.
O universo conhecido tem 100 bilhões de galáxias e a nossa é uma das menores. No passado achávamos que a Terra era plana e poderíamos cair se nos aventurássemos a nos afastar do nosso ambiente, finalmente chegou-se no novo mundo, as Américas e contornou-se o planeta. Apesar de tudo, ainda hoje alguns alucinados questionam a forma geométrica da Terra. O que dizer do Universo? Atualmente existem três formas geométricas possíveis do universo segundo a teoria da relatividade geral. Uma forma fechada como esfera, outra aberta como uma sela de cavalo e a plana como uma folha de papel, sendo esta a mais aceita. Todos esses cálculos dependem de sua densidade e capacidade de expansão. O astrofísico Paul M. Sutter, afirma que procurar respostas para o que está além dos limites conhecidos do universo poderá lhe deixar com alguma dor de cabeça. Não sabemos ainda se o universo é finito ou infinito, ou seja, não sabemos de se existe uma borda ou um outro lado externo. Não tem ainda como testar. Lembrando a lei da relatividade só foi comprovada alguns anos após sua descrição. E aí, quanto a existência de vida a coisa complica ainda mais. Se existir como seriam? Acho que temos os mesmos pensamentos que os antigos navegadores tinham em suas viagens transoceânicas.
A teoria da Panspermia, tenta explicar essa possibilidade, o universo potencialmente cheio de variadas formas de vida. Realmente muito questionável, porém, até hoje não se conseguiu comprovar a origem da vida na Terra, muito menos no universo. Segundo a teoria da Panspermia, existe fragmentos de vida transportados através do universo por meteoritos que se chocam nos vários astros ali existentes.
Micro-organismos podem se adaptar as mais variadas condições ambientais. Várias bactérias foram descobertas em naves da NASA. Alguns desses elementos podem resistir à intemperes extremas inclusive a falta de oxigênio.
Segundo Bill Nelson, chefe da NASA, acha provável haver alguma forma de vida no Universo. Será que nessa imensidão somente a Terra tem forma de vida organizada? A procura de vida em Marte é uma das missões da NASA. Como explicar mais de 300 objetos voadores não identificados por pilotos americanos desde 2004, completa ele numa entrevista ao Centro de Política da Universidade da Virginia nos EEUU. Enfatiza a importância de cuidarmos do nosso planeta e como nos interagirmos uns com os outros.
Necessitamos compreender a escala da nossa insignificância no universo e cuidar do nosso pequeno planeta em que vivemos. Será que não seria mais importante nesse momento cuidarmos uns dos outros e do nosso pequeno planeta Terra do que buscamos outro lugar para SOBREVIVERMOS?
Maciel Matias – Médico mastologista, [email protected]