E O MUNDO PAROU –
Com um forte e inesperado baque, o mundo parou.
Recebemos notícias asiáticas: a China, país super povoado, uma das maiores economias do mundo, fervia diante da presença de um vírus mutante chamado de corona; possuidor de um assombroso e temível poder de propagação e contaminação entre as pessoas.
A princípio muita curiosidade e atenção no que estava acontecendo no país chinês. A mídia mundial cobria e enaltecia a eficiente e rápida conduta dos chineses em tratar com muita seriedade o problema. Hospitais foram construídos de forma e rapidez inimagináveis.
A população foi alertada e orientada a permanecer em vigilância total recebendo toda orientação e apoio logístico dos órgãos responsáveis pela saúde da população chinesa.
Aos poucos, e pelas circunstâncias próprias de um mundo globalizado, aberto e vulnerável, os focos começaram a pipocar em outros territórios.
Pessoas totalmente assintomáticas, mas pelo fato de terem tido contato com outras contaminadas, passaram a disseminar o vírus em uma proporção de 1 para 3, assombrando a população mundial.
Logo, logo, os aviões cruzando o mundo com pessoas infectadas (assintomáticas), mais e mais criavam novas vítimas.
Em curto espaço de tempo a Europa (a Itália) a mais fortemente atingida com alarmante número de infectados e de mortes.
No vislumbrar das ocorrências, o Brasil começou a se preocupar e se preparar para enfrentar a epidemia que naquele momento já se transformara em pandemia.
O coronavírus já está entre nós. Precisamos seguir rigorosamente as instruções dos órgãos responsáveis pela nossa saúde pública. Evitar as falsas e alarmantes notícias vinculadas nas redes sociais. Quanto mais tempo puder permanecer em casa, melhor. Higiene pessoal: fundamental. Autoproteção é a palavra.
Vamos colaborar e fazer o mundo voltar a caminhar novamente (sem vírus).
Uma observação final. Acabo de receber um áudio de um colega plantonista de Hospital Tarcísio Maia, de Mossoró/RN, que revela o caos em que se encontra o Hospital. Sem nenhuma, sem nenhuma condição de trabalho. Não existe material – EPI (elementos de proteção individual): óculos, máscaras, sapatilhas, álcool gel, etc. Um verdadeiro abandono e desrespeito com as equipes de plantão. Com riscos evidentes e perigosos para os profissionais da área de saúde. Os canais de televisões do Estado deveriam procurar entrevistar os colegas plantonistas do Hospital Tarcísio Maia que estão arriscando suas vidas na missão de salvar vidas.
O veneno do descaso é mais virulento do que o coronavírus.
Berilo de Castro – Médico e Escritor, [email protected]