Jansen leiros*
Todo o projeto nasce de um sonho! Todo sonho que se preze, há de ser um sonho estético. Pois bem! Gelza Matsunae, ainda criança, sentiu que sonhava e nele, o sonho, ela flutuava como se fora uma nuvem de muita fluidez.
Abriu os olhinhos, quase nipônicos, pela afinidade do amor envolvente, e foi despertando na primeira nuvem que conseguiu pegar para ver o ambiente entorno!
A temperatura amena, lhe permitiu visualizar a primeira mudinha da orquidácea que se tentava fixar naquele jarrinho plástico, onde se divisava um dendróbio, que nem sequer trazia uma identidade, ainda.
Olhou adiante e lá estava uma estufa com centenas de outras mudas, essas já identificáveis quanto à espécie.
Lá estavam catacetuns, laélias, odontoglossuns, cirtopódiuns, catléias, renânteras e um sem número de outras espécimes, multicoloridas, inclusive hibridas e robustas.
Era a matriz de um orquidário que nascera em sua mente de menina moça que sonhava com um futuro distante, mas quase concreto, no qual, certamente, já figuravam, também, os sonhos de Kenji Matsunae .
Possivelmente, que Kenji e Gelza ainda nem tivessem se conhecido, porém, ai estava a projeção de um sonho, de um desejo que se expandiria, pois que a fluidez do húmus espiritual já se fazia presente no campo da 4ª dimensão.
Há alguns anos, quando os conheci, já pressentira o encontro daquelas duas almas afins com as quais me identifiquei pelas vibrações da sensibilidade.
Jansen leiros – Escritor e Membro do IHGRN