A economia brasileira acelerou e registrou crescimento de 1% no terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (22).
“Esta é a sétima taxa positiva consecutiva desde o fim da recessão. Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, na série sem ajuste sazonal, a taxa foi de 1,7%. Nesta comparação, todos os componentes do PIB, tanto pela ótica da oferta quanto pela ótica da demanda, apresentaram resultados positivos, à exceção da construção”, destaca a FGV.
Somente em setembro, o PIB teve alta de 0,4%, na comparação com agosto.
O resultado oficial do PIB do 3º trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 30 de novembro.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2017, o PIB teve uma alta de 1%, após dois anos consecutivos de retração. No 1º trimestre, o crescimento foi de 0,1%, e no 2º trimestre, de 0,2%.
Segundo a FGV, os investimentos medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) apresentou a maior taxa de crescimento (7,7%) desde setembro de 2013, na comparação anual. “Este resultado se deve principalmente ao crescimento de máquinas e equipamentos (22,8%) em razão da incorporação das plataformas de petróleo no cálculo”, destaca o estudo.
Após alcançar o ápice de 24,2% em outubro de 2013, ataxa de investimento (FBCF/PIB), a preços constantes,declinou sistematicamente até o início de 2017 e, no mês de setembro foi de 17,4%, apontou a fundação.
Já o consumo das famílias manteve a trajetória de recuperação, com alta de 1,7% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, com destaque para o consumo de bens duráveis (6,3%) e de serviços (2,0%).
A exportação calculada pela FGV dentro do PIB apresentou crescimento de 3,2% no terceiro trimestre, comparativamente ao mesmo trimestre em 2017, continuando sua trajetória ascendente, revertida em maio. O destaque positivo deve-se ao desempenho da exportação dos produtos da agropecuária (10,8%) e da extrativa mineral (17,4%). A exceção de bens de capital, todos os produtos industrializados tiveram resultados negativos, fazendo com que o agregado deste componente apresentasse taxa de -1,8%.
Já a importação registrou expansão de 14,6% no terceiro trimestre, ante um ano antes. Todas as categorias de bens tiveram desempenho positivo, com destaque para produtos agropecuários (11,8%) e para os produtos da extrativa mineral (17,8%). A exceção ficou com serviços (-3,7%).
Em termos monetários, o PIB acumulado em 2018 até setembro, em valores correntes, alcançou a cifra estimada em R$ 5,2 trilhões.
Com as revisões definitivas sobre o resultado do PIB de 2016, que foi revisado pelo IBGE de -3,5% para -3,3%, o Monitor do PIB da FGV passou a estimar a variação do PIB de 2017 em 1,1%, ante alta anterior de 1%.
Fonte: G1
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