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Fernando Jorge

Precisamos economizar. Essa é a palavra de ordem vigente no Brasil.

 Ouvimos quase que diariamente a palavra economia em tudo que estamos fazendo. Vamos economizar energia! Vamos economizar água! E assim por diante. Aliás, precisamos mesmo dessa economia, pois os preços e o próprio risco de colapso, nos deixa em constante estado de alerta.

 Pois bem. Isso é o que nos toca diretamente como “dever de casa”. Economia.

E o governo, faz o seu dever de casa?

No jargão econômico, o resultado desse dever de casa do governo chama-se superávit ou déficit público. É quando aquelas “economias” são ou não são feitas pelo ente publico.

 Pois bem. Quando o governo tem em suas contas um valor maior de despesas em relação à sua arrecadação, diz-se que há um déficit nas suas contas públicas. Esta é uma explicação bem simplória, convenhamos.

 Temos vários exemplos do que contribui para esse déficit. Desde uma alta folha de pagamento do funcionalismo até os gastos com supérfluos.

 Tenho lido quase que diariamente sobre reforma política. Fico aqui pensando, no meu mais alto grau de ignorância do assunto, porque ser contra uma mudança que poderia trazer uma GRANDE economia aos cofres públicos, como é o caso da possibilidade da unificação das eleições? Li, que o resultado disto traria uma economia de milhões e milhões de reais.

 É claro que uma mudança de tal magnitude possui no bojo das discussões sobre o tema, correntes contrárias, movidas na sua maioria por interesses pessoais.

 Ora. É fácil perceber que aqueles que “estão”, são a favor da unificação, mas se forem prorrogados os seus mandatos. Aqueles que estão fora do poder são contra, se a prorrogação dos atuais acontecer. Claro, pelo fato de ver estendida a possibilidade de se eleger.

 Como sou do povo, e tenho apenas o interesse coletivo da economia, não me preocupo com quem está ou deixa de estar no poder.

Desse modo, me declaro a favor do que trouxer economia para os cofres públicos.

 Ouvi a opinião de um político dia desses quando indagado pelo repórter sobre a unificação das eleições. Ele disse: “sou contrário, porque é, no caso, prorrogar por mais dois anos o mandato de um incompetente”. E se o cara que está no poder for competente? A população não ganha esses dois anos? Vê-se que tudo isto é muito relativo.

 Mas voltando à economia dos milhões e milhões. Não ouvi ninguém dizer que não haverá economia se houver a unificação. Portanto, abstraindo o interesse particular de cada político envolvido nessa discussão (que é muito difícil), como cidadão comum, pergunto:

 Por que não economizar?

 Eu sou a favor da unificação das eleições. E você?

Fernando Jorge – Contabilista e Cidadão.

 

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