Edifício Copan, no Centro de SP — Foto: Reprodução/TV Globo
Edifício Copan, no Centro de SP — Foto: Reprodução/TV Globo

O Copan, edifício icônico no Centro de São Paulo, tem mais unidades habitacionais do que 254 municípios do Brasil, de acordo com dados do Censo 2022 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (28).

O edifício sinuoso é um dos maiores complexos residenciais do país e tem 1.160 apartamentos. A cidade de Borá, por exemplo, possui apenas 413 domicílios particulares. Borá é a menor cidade do estado de São Paulo e a segunda menor do país, com 907 moradores.

O IBGE considera a “moradia” como domicílio, e ele pode estar ocupado ou não. No caso desta análise, o g1 levou em consideração todos os domicílios, ocupados ou não. O levantamento não leva em conta as lojas comerciais do prédio.

  • O Copan tem quase o triplo de apartamentos do que a cidade de Borá tem de domicílios.
  • Borá precisaria que a sua população fosse ao menos cinco vezes maior do que o número atual para ocupar o Copan.
  • Borá é o município com menos domicílios do Brasil

 

Apesar de Serra da Saudade ser a menor cidade do país, ela possui 576 domicílios, 163 a mais do que Borá.

Segundo a administração do edifício, são mais de 5 mil moradores no prédio de Niemeyer, número maior do que o registrado em 1.331 cidades do Brasil. O número de moradores do prédio é uma média divulgada, já que a população pode variar mês a mês.

10 cidades com menos domicílios no país

  1. Borá (SP): 413
  2. Engenho Velho (RS): 498
  3. Anhanguera (GO): 515
  4. Oliveira de Fátima (TO): 555
  5. Miguel Leão (PI): 559
  6. Nova Castilho (SP): 575
  7. Serra da Saudade (MG): 576
  8. União da Serra (RS): 578
  9. Araguainha (MT): 606
  10. Montauri (RS): 618

 

O Brasil tem apenas três cidades com menos de mil habitantes. A menor cidade do país é Serra da Saudade, em Minas Gerais, com 833 habitantes. Seguida por Borá, com 907 moradores e em terceiro está Anhanguera, em Goiás, com 924 habitantes.

Copan do tamanho de uma cidade

O Edifício Copan foi projetado em 1950 por Oscar Niemeyer, com colaboração de Carlos Lemos, e inaugurado em 1966. Em abril deste ano, o g1 foi visitar o edifício que além de moradores, também abriga fantasmas.

No condomínio, há bares, restaurantes, salão de beleza, floricultura e aquela que é citada como a “menor fábrica de chocolate do mundo”.

  • Ao todo, são seis blocos com 19 tipologias de apartamentos: nos blocos C e D, ficam as grandes unidades; no bloco A, as medianas; e nos blocos B, E e F ficam as de um quarto ou quitinetes.
  • O bloco B é o que tem mais apartamentos, com 640 unidades.
  • Cada bloco tem três elevadores: dois sociais e um de serviço.

Maior cidade de SP e do Brasil

O Copan fica na maior cidade do país. São Paulo tem 11.451.245 habitantes, segundo o Censo. Em 2010, quando a última edição da pesquisa foi divulgada, 11.253.503 pessoas viviam na capital, uma variação de 1,76%.

  • A capital paulista possui quase o dobro de moradores do Rio de Janeiro, que é o segundo município mais populoso, com 6.211.423 habitantes;
  • Além disso, São Paulo possui 25,7% da população do estado de São Paulo (mais de 44 milhões);
  • E 5,64% da população do Brasil (203 milhões).

Censo 2023

O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país, já que conta os habitantes do território nacional, identifica suas características e revela como vivem os brasileiros.

Todos os 5.568 municípios brasileiros, mais dois distritos (Fernando de Noronha e Distrito Federal), num total de 5.570 localidades, receberam visita de recenseadores. Segundo o IBGE, foram visitados 106,8 milhões de endereços em 8,5 milhões de quilômetros quadrados.

De acordo com o levantamento, a população brasileira chegou a 203.062.512 em 2022. É um aumento de 6,43% em relação aos 190.755.799 habitantes registrados no último Censo, em 2010.

Este Censo estava programado para ser realizado em 2020, mas foi feito com dois anos de atraso por causa da pandemia de Covid-19 e por falta de orçamento.

Fonte: G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *