ELIZABETH NEGREIROS, 88 ANOS –

Nesta terça-feira, 14 de agosto de 2018, a nossa querida mãe Elizabeth Fernandes de Negreiros, completa 88 anos, em plena atividade física e intelectual. Viúva desde a partida de Rafael Negreiros, em 04 de abril de 1994, portanto há 24 anos, administra todos os seus atos com habilidade e precisão. Todos os anos, há mais de 20 anos, comemoramos aqui em Natal, juntamente com o dia dos pais. Este ano alegou indisposição para a viagem Mossoró-Natal, posto que havia estado aqui há 15 dias. Em nome de todos os irmãos (Paulo, Rafael, Fernando e Glenda), netos, bisnetos e demais familiares, aproveito para reproduzir um texto que o meu querido e saudoso primo André Newton do Monte Negreiros leu num dos aniversários de Elizabeth, sob o título RETRATO DA MULHER PERFEITA. Newton viria a falecer precocemente de um câncer de pâncreas no dia 27 de julho de 2012. Faria 62 anos em 30 de novembro de 2012. Com a palavra Newton Negreiros:

Para se obter este título são necessárias inúmeras características. É preciso ser família, bonita, inteligente e capaz de apresentar mimetismos diversos e se adaptar às situações mais variadas, mesmo que algumas delas sejam até mesmo constrangedoras. Ser rápida de raciocínio, capaz de ter uma resposta ou uma atitude sempre pronta, também são requisitos.

Mas isto tudo não basta. É necessário que seja capaz de amar incondicionalmente. Como na jura do casamento: na alegria e na dor. Ser administradora do lar e ao mesmo tempo comerciante. Se mãe comprometida, sabendo educar e ralhar quando preciso. Necessário se faz, além de todas essas características, ser uma domadora nata. Como na música de Erasmo Carlos “se finge de submissa, mas no fundo enfeitiça”. Além de tudo isso a condição “si ne qua non” é que tenha coragem e disposição para o trabalho social.

Elizabeth traz tudo isso num só embrulho. Casada com Rafael Bruno, tinha que ser assim. Não poderia ser outra. Não poderia ser diferente. Não poderia falhar em uma só dessas características. Foi escolhida a dedo. Domou a fera de maneira tal e com gestos tão simples, que ela (a fera) não percebeu. Rebelde, muitas vezes esbravejava e estremecia, mas a corrente invisível do amor era forte e resistente. Desse amor nasceram cinco filhos: Paulo, Armando, Ricardo, Rafael e Fernando, todos educados para o bem. Todos médicos, à exceção de Ricardo que não teve tempo para concluir seus estudos. Dos meus queridos primos foi o que tive menos contato. O maior deles foi durante o período em que se tratou em Fortaleza. Neste curto período, tive muitas oportunidades de conversar com ele e saber de suas opiniões e azimutes. Dentro do seu quadro clínico, ele tinha perfeita noção do que estava lhe acontecendo e dizia “não faz mal, eu não ligo”. Posso garantir que essa convivência com Ricardo valeu a pena. Estudioso, adorava a língua inglesa. Por coincidência tenho um neto chamado Ricardo, mas digo com sinceridade, é um nome muito bem vindo da minha parte.

Mas falta ainda falar de Glenda, a joinha de Elizabeth, que a exemplo de Cynthia e Tércia que vieram para confeitar as vidas de Costa/Maria Luzia e Chico Senna/Liliosa, Glenda adoçou as vidas de Rafael/Elizabeth. Parabéns Elizabeth Negreiros. Você tem uma família nota dez. Palavra de Professor. Newton Negreiros e família. Gabriel Negreiros e família.

 

Armando Negreiros – Médico e Escritor
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