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Com o encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a cidade de Tóquio, que receberá a próxima edição do evento esportivo em 2020, já se mostra entusiasmada, e garante que suas Olimpíadas serão seguras, confiáveis e tranquilas. Ontem, na festa de encerramento, o Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, usou o chapéu do personagem Super Mario para promover a Olimpíada de Tóquio. Capital da terceira economia mundial, a dinâmica megalópole asiática de 35 milhões de habitantes garante tranquilidade nas ruas, trens pontuais, limpeza impecável e uma tradição de hospitalidade. Os japoneses relembram os Jogos de 1964, que marcaram o retorno da ilha ao conceito de nação e apoiaram sua reconstrução após a derrota na II Guerra Mundial. Desta vez, muitos veem a oportunidade de dar juventude e vigor a um país em declínio demográfico e mesmo, econômico.

Com tudo isso, a quatro anos do grande evento, o Japão também enfrenta problemas. O estádio olímpico ainda não foi construído, depois de o projeto ter sido abandonado por ser considerado caro demais. A nova estrutura de aço e madeira idealizada por Kengo Kuma foi desenhada sem um local para a pira, que abrigará a chama olímpica. Entre outros problemas, os organizadores tiveram que mudar o logotipo dos Jogos, porque o design escolhido foi acusado de plágio. Mais grave ainda, a escolha de Tóquio está sob suspeita de suborno, que está sendo investigado pela justiça francesa. Após essa série de escândalos, Yuriko Koike — eleita governadora de Tóquio no fim de julho, anunciou a criação de uma comissão para controlar a preparação dos Jogos e limitar um aumento de custos.

Além disso, alguns  comentarista dizem que o Japão não está livre de um atentado como o ataque com gás sarin no metrô de Tóquio em 20 de março de 1995. E não se pode deixar de lado um ato repentino de um desequilibrado como na matança que ocorreu em 2008 no bairro de Akihabara ou, mais recentemente, em um centro para deficientes da região. Mesmo que a cidade esteja preparada para terremotos, Tóquio vive com a angústia de um possível grande terremoto na capital e, segundo o governo, existe 70% de chance que ele ocorra nos próximos 30 anos. Mas esses problemas não deverão tirar o brilho da próxima Olimpíada. Isso porque os riscos são considerados bem menores do que se ela fosse realizada na Europa.

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