Segunda a agência Reuters, a decisão da Comissão Europeia foi desencadeada por uma queixa feita em 2019 pelo Spotify sobre essa restrição e as taxas de 30% cobradas pela Apple na App Store.
➡️ Entenda: a Apple fica com uma fatia das transações realizadas na Apple Store – desde a compra do app em si, até aquisições realizadas dentro do aplicativo, como itens de um jogo ou a assinatura de um plano, por exemplo. Há muito tempo, desenvolvedores de apps reclamam dessa política da empresa de Tim Cook e se queixam das taxas abusivas praticadas.
Na decisão atual, o órgão de defesa da concorrência da União Europeia disse que as restrições da Apple constituem condições comerciais injustas.
“Por uma década, a Apple abusou de sua posição dominante no mercado de distribuição de aplicativos de streaming de música por meio da App Store”, disse a chefe antitruste da UE, Margrethe Vestager, em um comunicado.
“Eles fizeram isso ao impedir que os desenvolvedores informassem os consumidores sobre serviços de música alternativos e mais baratos disponíveis fora do ecossistema da Apple. Isso é ilegal de acordo com as regras antitruste da UE”, completou ela.
Em comunicado publicado nesta segunda, a Apple criticou veementemente a decisão da UE e alfinetou o Spotify, dizendo, por exemplo, que eles são um dos responsáveis pelo sucesso da plataforma de música.
Atualmente, a empresa sueca não paga nenhuma comissão à Apple, pois vende suas assinaturas em seu site e não na App Store, como forma de “burlar” as regras da dona do iPhone.
“O principal defensor dessa decisão — e o maior beneficiário — é o Spotify, uma empresa sediada em Estocolmo, na Suécia. O Spotify tem o maior aplicativo de streaming de música do mundo e se reuniu com a Comissão Europeia mais de 65 vezes durante essa investigação”, disse a Apple.
“Eles [o Spotify] querem reescrever as regras da App Store – de uma forma que os beneficie ainda mais”, completou a Apple.
“Temos orgulho de desempenhar um papel fundamental no apoio ao sucesso do Spotify — como fizemos para desenvolvedores de todos os tamanhos, desde os primeiros dias da App Store”, completou a big tech.
A ordem de Vestager para que a Apple remova as restrições da App Store ecoa a mesma exigência das novas regras da UE, conhecidas como Digital Markets Act (DMA), que a Apple terá que cumprir a partir de 7 de março.
A multa da Apple, no entanto, é cerca de um quarto das multas de 8,25 bilhões de euros que o órgão regulador da UE aplicou ao Google, em três casos na década anterior.
Em contraste com o caso do streaming de música, a Apple está tentando resolver outra investigação antitruste da UE, oferecendo-se para abrir seus sistemas de pagamento móvel para rivais.
Fonte: G1
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