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Em tom de despedida, Biden faz balanço de governo e passa o bastão para Kamala: ‘Trump vai conhecer o poder das mulheres’

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um balanço de governo durante discurso no primeiro dia de Convenção do Partido Democrata, nesta segunda-feira (19). Em tom de despedida, Biden disse que a democracia precisa ser preservada, fez críticas a Donald Trump e elogiou Kamala Harris.

Biden foi ovacionado assim que subiu ao palco, com gritos de “te amamos, Joe”. Emocionado, no início do discurso, o presidente agradeceu o carinho do público e disse que amava os Estados Unidos.

Em seguida, o presidente perguntou aos eleitores se eles estavam prontos para votar pela liberdade. Ele relembrou o ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, e disse que não há lugar para violência política nos Estados Unidos.

O caminho de Biden

Joe Biden anunciou que iria desistir da candidatura à reeleição no dia 21 de julho. Em um comunicado, o presidente disse que iria apoiar a vice-presidente Kamala Harris nas eleições e focar em concluir o mandato.

A desistência de Biden veio após dias de pressões de membros do Partido Democrata, doadores eleitorais e apoiadores.

A idade avançada do presidente já era um dos motivos que preocupavam os eleitores. Além disso, quando foi eleito em 2020, Biden afirmou que iria fazer um governo de transição e não iria concorrer à reeleição.

No entanto, o presidente decidiu que tentaria um segundo mandato. Ele participou das primárias do Partido Democrata e venceu.

Crise pós-debate

A crise na campanha de Biden começou após um debate de TV contra Donald Trump no fim de junho. Naquele dia, o presidente demonstrou dificuldades para concluir raciocínios e aparentou estar abatido.

Apoiadores e opositores colocaram em dúvida as capacidades mentais de Biden. O presidente, por outro lado, justificou que estava com uma gripe forte no dia do debate. Ele afirmou ainda que estava bem de saúde.

Entretanto, nos dias seguintes, Biden cometeu uma série de gafes. Em um mesmo dia, trocou os nomes dos rivais Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, além do de Kamala Harris por Donald Trump.

A imprensa passou a pressionar Biden, e doadores suspenderam o envio de recursos para a campanha. Lideranças do partido tentaram convencer o presidente de que ele não poderia vencer Trump.

Biden cedeu e fez um pronunciamento na TV para justificar a desistência de concorrer à reeleição.

“Eu reverencio este cargo, mas amo mais o meu país.”

Fonte: G1

Ponto de Vista

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