A Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn) prevê um ano de 2021 com chuvas dentro da média no Rio Grande do Norte e com a possibilidade de ficar um pouco acima em alguns trechos do interior do estado.
A previsão foi divulgada na terça-feira (12) durante a apresentação das perspectivas climáticas para o ano atual. O trabalho também fez um balanço de 2020.
Segundo o meteorologista Gilmar Bistrot, a tendência é que o ano de 2021 apresente características climáticas no estado semelhantes a anos anteriores que apresentaram boas chuvas.
“Esse ano, é importante dizer, que a atividade solar está em fase com a La Niña em seu mínimo. E quando isso acontece, a gente sempre tem bons anos de chuvas, como aconteceu em 2008, 2009 e 2011. Então é uma coisa parecida com esses anos”, explicou.
A previsão climática é de que o inverno tenha início no estado entre o fim de fevereiro e o início de março.
Para a estação pré-chuvosa, a expectativa é de ocorrência de chuvas dentro da média histórica, de acordo com a análise da Unidade Instrumental de Meteorologia da Emparn.
“Estamos muito felizes com as boas previsões, com à possibilidade de termos um inverno acima da normalidade. As chuvas se iniciando agora no final do mês de janeiro, inverno se consolidado a partir da segunda quinzena de fevereiro, estamos atentos a tudo isso”, explicou o secretário da Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Guilherme Saldanha.
A região Oeste tem a maior estimativa de volume pluviométrico médio para 2021, com 315 milímetros (mm) para os meses de janeiro, fevereiro e março.
As regiões Leste e Central têm, cada uma, previsão de 250mm e o Agreste, 188mm.
As boas chuvas devem ocorrer em função do fenômeno La Niña. “Desde meados de 2020 estamos presenciando a atuação do fenômeno La Niña. O fenômeno, em oposição ao El Niño, ocasiona o resfriamento da temperatura média das águas superficiais na faixa equatorial do oceano Pacífico, aumentando os ventos alísios de leste na superfície inibindo a formação de nuvens”, explicou o meteorologista Gilmar Bistrot.
“Com esse cenário espera-se um quantitativo normal de chuvas no RN, porém com de grande variabilidade temporal e espacial, característica inerente ao clima semiárido”.
O balanço sobre as chuvas de 2020 mostrou que o Rio Grande do Norte apresentou chuvas entre as categorias de normal a acima do normal com volume médio de 910,1 mm, superando os volumes esperados nas regiões Oeste, Leste e Agreste.
A região Leste foi a que registrou o maior volume acumulado médio observado, com 1.313,3 mm, enquanto que o esperado era de 1.252,1mm.
A região Oeste está logo atrás, com 919,7mm, enquanto 790,6 era o esperado. O Agreste acumulou 710mm e o esperado era de 714,5mm. E a região Central acumulou 697,1mm e o esperado era de 627,7mm.
A cidade de Mossoró foi quem bateu o recorde de chuva diária, com 176,4 mm ocorrida em 29 de fevereiro, sendo este o maior volume diário dos últimos 63 anos.
Já Natal registrou, em maio, volumes com 426,1 mm, sendo seu segundo maior índice pluviométrico desde 1963. O primeiro ocorreu em 2011 com 447,4 mm.
Fonte: G1RN
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