ENNIO MORRICONE, A INSPIRAÇÃO E A ESTÉTICA DO MODERNO CINEMA –
Ennio Morricone circulou pela Terra para trazer a paz e a música, a profundeza dos sons que encantam a alma, aos 91 anos, deixou escrito de despedida para a mulher Maria Travia, após o tombo que lhe afetou a saúde: Adeus mais doloroso!
A música de Cinema Paradiso e Le Califfa, a trilha de Três Homens e um Destino bastam para revelar ao mundo a refinada sensibilidade e as obras raras do mestre italiano e universal
Da inserção da gaita em Era uma vez o Oeste, com Charles Bronson, até os assobios, Morricone fez mudar a estética do faroeste, da terra árida, do ambiente sonoro, o cenário de um tempo sem lei e ordem, um tanto anárquico.
O escritor e jornalista Hugo Studart, nascido em Natal e radicado em Brasília, autor do livro indicado ao Prêmio Jabuti, Borboletas & Lobisomens, publicou em seu Blog elegia ao maestro Morricone:
“… mas agora o divino ser que criou isso foi ver Deus de perto.
Se passou a vida toda não prestando muita atenção em Deus, mas com inspiração divina permanente, em 2019 passou a acreditar existir “outras coisas inexplicáveis entre o céu e a terra”. Ele era uma dessas ‘coisas”.
No fundo, o que acredito do episódio é que seres magistrais (e esses podem ser encontrados em qualquer camada social) saem da vida aos poucos, são tomados por sensações de estarem mesmo em ritual de despedida daqui pra ir para um lá já participado, sentem o sublime chegando e enxergam isso com muita clareza. Voam”.
Realmente para o mundo musical do século XX, a relembrar suas produções mais notáveis, a que posso registrar três de minha preferência, La Califfa, (A Rebelde), The Good the Bad and the Ugly (O Bom, o Mau e o Feio) e a orquestral A MISSÃO, que pode ser acessada para o deleite da refinada música, em https://www.youtube.com/watch?v=h1PfrmCGFnk.
Enfim é preciso deixar para o grande maestro Morricone, um Adeus mais doloroso!