Peguei a revista Veja e entre outras coisas li as páginas amarelas com a senhora Zilu, agora ex do famoso cantor Zezé.
Num dos trechos a Zilu afirma que nos últimos anos não teve nenhuma relação e que estava apostando tudo na volta com o cantor. Disse ainda que para conseguir manter o casamento, fez o possível e o impossível.
Ai como nossa mente é macaca, pula de um galho para outro atrás conexões e buscando sentido para as coisas, lembrei que ela foi super exposta na mídia, tempos atrás, com uma foto jantando com um cara e, todas as matérias insinuando que aquilo podia ser uma amizade colorida.
Como ela na verdade continuava casada com o Zezé, mesmo que de fachada e tentava a todo custo reviver os bons momentos da relação, aquela foto certamente foi plantada por ela mesma e sua equipe de marketing, com a clara intenção de tentar balançar o coração do sertanejo no reavivamento do amor fugido.
Essa conexão me levou a outra, de como os ricos e poderosos conseguem coisas incríveis. Lembro que até no Fantástico isso saiu, provando que uma pessoa rica e poderosa no sentido do que o capital e a fama podem fazer, removem montanhas e satisfazem seus desejos de maneira até fácil, digamos assim.
Neste mundo dos ricos e poderosos ficamos sabendo da obtenção de ingressos para os eventos mais fechados do mundo, para a compra de carnes raríssimas e aquisição de regalias em aviões governamentais, palácios reais, embaixadas internacionais e aparições midiáticas nos veículos de comunicação mais cobiçados da Terra.
Esses caprichos dos ricos e poderosos estão em todas as áreas e setores. São políticos, empresários, artistas, jogadores de futebol e dondocas que usam e abusam da mídia com suas questões pessoais e anseios de crescimento ininterrupto, plantando notícias, mesmo que falsas, buscando facilidades no cotidiano, furando filas, entrando em diversos ambientes por portas especiais, utilizando hospitais de ponta com dinheiro público e comprando, me permitam a expressão popular: Deus e o mundo com dinheiro ou com influência.
Na questão da mídia, por exemplo, ela é utilizada de forma indevida diariamente, seja pela manipulação da informação por grupos ideológicos, seja por notinhas em colunas sociais destacando pessoas em áreas profissionais para que elas possam atingir um determinado cargo ou ascender profissionalmente, enfim, as universidades hoje, entre elas a nossa UFRN, oferecem até mestrado para o estudo da mídia.
Diante de tantas armadilhas, plantações e falsas verdades expostas por ai, para todos os gostos, ideologias e interesses, além do processo natural de alfabetização que passamos, precisamos no mundo atual de dois novos saberes, o de informática e suas nuances e o de entendimento da mídia, pois, se não formos alfabetizados nestas coisas, corremos o risco de sermos bem mais ludibriados, do que naturalmente já somos.
(*) Flávio Rezende – Escritor, jornalista e ativista social em Natal/RN (escritorflaviorezende@gmail.com)
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