ENTRE BÚFALOS E DROMEDÁRIOS –
Experiências com animais exóticos no torrão potiguar têm sido bem sucedidas. Há mais de uma década que os dromedários compõem o cenário da praia de Genipabu, a 20km de Natal, onde há um conjunto de dunas e uma lagoa, além de uma área estendida de proteção ambiental. Trazidos das extensões das Ilhas Canárias, os dromedários são uma atração a mais no turismo local. Noticia-se que precisa haver verificação quanto à integridade dos animais, diante da faina diária de transportar pessoas, além da questão de estar a atividade em área de proteção ambiental. Nesse sentido o que se espera é que a adequação da atividade continue a transcorrer sem prejuízo às características dos curiosos animais do deserto.
Outra experiência, que já vem do início dos anos 2000, é a bubalinocultura leiteira em Taipu, RN. Ou seja, a criação de búfalos leiteiros, que substituíram bovinos nas mesmas condições de manejo. Segundo os especialistas da Fazenda Tapuio, houve melhora na rentabilidade da pecuária, a partir da substituição do gado de corte pelos búfalos em plena região semiárida do Rio Grande do Norte. Outra evidência foi a adaptação ao semiárido e a produção a custo menor nas mesmas condições de clima, solo e manejo.
Este um exemplo de empreendimento, no desenvolver de técnicas adaptadas ao clima e ao meio ambiente potiguar, que podem favorecer a novos esforços de criatividade. No caso em tela, a Tapuio Agropecuária, que estabeleceu laticínio para produzir derivados do leite de búfala, se constitui em pioneirismo nesse setor no Brasil, sendo autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a estarem aptos para exportar derivados dessa categoria peculiar de leite.
Luis Serra – Professor e escritor
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