EQUINOS FAMOSOS DA HISTÓRIA –

Os equinos constituem uma família de mamíferos que abarca o gênero Equus, onde se classificam apenas o cavalo, o burro e a zebra. Não queremos discorrer aqui sobre a evolução da espécie ao longo dos séculos, apenas exaltar àqueles que fizeram história e permaneceram no imaginário popular.

Bucéfalo foi o cavalo de guerra de Alexandre, o Grande, rei da Macedônia e fundador de um dos maiores impérios da antiguidade. Nascido no mesmo dia que Alexandre, o animal o acompanhou durante 20 anos. Tamanha era a paixão de Alexandre por seu cavalo que denominou de Bucéfala, em 326 a.C. uma cidade situada no atual Paquistão.

A História Antiga registra a emblemática relação de paixão que Calígula, terceiro imperador de Roma, nutria por seu cavalo Incitatus (Impetuoso). A tal ponto chegou o amor de Calígula pelo animal que o nomeou Consul da Bitínia, numa afronta ao Senado e às instituições que desprezava como déspota absoluto.

Marengo, o famoso cavalo branco de Napoleão Bonaparte, carregou o imperador francês em vários de seus combates. Pela atuação do animal no grande embate contra os austríacos, perto da aldeia italiana de Marengo, Napoleão o batizou com o nome da batalha.

Babieca, assim era chamada a égua do grande Rodrigo Díaz de Vivar, Cid Campeador ou El Cid, que viveu no século XI. A égua foi parceira de Dom Rodrigo em todas as batalhas e o acompanhou durante 20 anos. Diz a lenda que Babieca, ao conduzir o corpo sem vida de El Cid no campo de batalha, foi a responsável por levantar o moral da tropa espanhola, na vitória contra os mouros.

Uma das figuras mais importantes da América do Sul, Simon Bolívar teve a companhia do cavalo Palomo – pomba branca – em suas conquistas. Montando Palomo, o general lutou pela independência de metade dos atuais estados da América do Sul de colonização espanhola.

Na mitologia também encontramos um representante equino, nascido do sangue derramado por Medusa. Trata-se de Pegasus, o cavalo alado branco de Zeus e o único a “viver” entre os deuses do Olimpo.

Não esquecer de Rocinante, o famoso cavalo de Dom Quixote de La Mancha, personagem do romance de Miguel de Cervantes y Saavedra, escritor espanhol falecido em 1616. Era um cavalo branco, desengonçado, magricelo, em espanhol, um rocim, daí a origem do nome.

Existe ainda o não menos emblemático Cavalo de Tróia, o grande cavalo de madeira construído pelos gregos durante a Guerra de Tróia, como um estratagema decisivo para a conquista de cidade fortificada de Tróia, cujas ruínas estão em terras hoje turcas.

Dentre os representantes da espécie existe o mais importante deles para a Igreja Católica: o Jumento. Isso porque na história bíblica foi tal equino, conduzido pelas mãos de José, que carregou Maria até o local onde ela deu à luz o Menino Jesus.

A partir daí o jumento passou a integrar a vida do Salvador como meio de transporte em momentos marcantes de sua passagem por este mundo. Como exemplo basta citar a entrada, ao mesmo tempo humilde e triunfal de Jesus, em Jerusalém, montando um jumento.

Coitados dos jumentos! No Brasil, à beira da extinção.

 

 

 

 

José Narcelio Marques Sousa – Engenheiro civil

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