A Defesa Civil interditou duas escadarias que dão acesso às praias do Madeiro e do Amor, no distrito de Pipa, por causa dos danos causados pelas chuvas na região e de “altíssimo risco” de deslizamento de falésias. O fechamento das escadas aconteceu entre a tarde e a noite de quarta-feira (6).
O distrito de Pipa é um dos principais destinos turísticos do Nordeste brasileiro e fica localizado no município de Tibau do Sul, distante cerca de 77 km de Natal.
Segundo a prefeitura, os técnicos constataram risco de deslizamento de falésias em uma extensão de 4 quilômetros, entre as duas praias, em decorrência das chuvas que caem desde o início de julho na região.
Uma das escadarias interditadas é a que dá acesso à Praia do Madeiro, em frente ao hotel Madeiro Beach. A outra, que dá acesso à Praia do Amor e é conhecida como estada do Pescador.
Segundo a prefeitura, foram registrados pequenos deslizamentos durante o último fim de semana. As interdições nas escadarias, no entanto, foram preventivas, após monitoramento das áreas em que os deslizamentos se apresentaram mais intensos.
“Os acessos foram interditados por tempo indeterminado pelos danos causados devido às fortes chuvas dos últimos dias. Os deslizamentos que já ocorreram nas áreas estão sendo monitorados constantemente pela Secretaria de Meio Ambiente e pela Defesa Civil Municipal, e os órgãos não descartam a possibilidade de mais deslizamentos nas áreas de falésias que compreende a Praia do Madeiro até a Praia do Amor, totalizando cerca de 4 km de extensão”, informou a prefeitura por meio de nota.
Apesar das interdições, o secretário de Turismo do município, Lavoisyer Macena, afirmou que as praias seguem abertas para visitação e há acessos alternativos para elas.
“Mas é fundamental lembrar que, especialmente nessa época de mais chuvas, é obrigatório manter uma distância segura das bases das falésias, e estar sempre alerta aos avisos e sinalizações de perigo”, declarou.
Segundo a prefeitura, equipes de monitoramento estão nas praias e alertam os banhistas a não ficarem perto das falésias.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, Mateus Tomas, afirmou que o monitoramento das falésias é rotineiro. Ele classificou as chuvas do início de julho como “eventos excepcionais” que agravam a situação das áreas de falésias, que já são sensíveis.
“Entramos em situação de alerta desde a tarde do dia 3, em que houve uma intensidade atípica de volume de chuva”, declarou.
Nas redes sociais, a prefeitura pediu que a população obedeça aos avisos de perigo.
O desmoronamento de um bloco de terra de uma falésia matou uma família em novembro de 2020, na praia da Pipa. Desde então, estudos sobre os riscos da região foram elaborados por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte com profissionais de outras instituições, mas poucas medidas efetivas foram adotadas.
Outra parte da falésia da praia onde a família morreu caiu em janeiro deste ano, mas não atingiu ninguém.
Em junho, outros dois pontos das falésias da praia de Pipa sofreram deslizamentos. De acordo com a Defesa Civil do município, as atividades aconteceram após um “grande volume” de chuva que caiu nas horas anteriores. Também não houve feridos.
Fonte: G1RN
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